Ex-presidentes Sarney, FHC e Temer lamentam ataques ao STF

Na noite de sábado (13), o Supremo Tribunal Federal foi alvo de um ataque com fogos de artifício. Neste domingo (14), um dos suspeitos foi preso

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Neste domingo (14), três ex-presidentes da República se manifestaram sobre o ataque da noite de ontem ao STF. Fernando Herinque Cardoso, José Sarney e Michel Temer enviaram mensagens de apoio após a Corte ter sido alvo de um ataque com fogos de artifício.

“Minha solidariedade ao STF é total. Os fogos vistos no YouTube e a voz tremebunda atacando-o são contra a democracia. Gritemos: não ao golpismo! Os militares são cidadãos:devem obediência à Constituição como todos nós. Defendamos juntos Brasil, povo e lei, antes que seja tarde”, escreveu FHC no Twitter.

José Sarney enviou mensagem ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que também se manifestou publicamente hoje. “Solidário à sua mensagem, junto o meu protesto contra inqualificável e criminosa agressão ao STF, guardião da Constituição, integrado por magistrados de altas virtudes culturais e morais. Peço para estender minha solidariedade a toda Corte”, diz Sarney.

Michel Temer também se dirigiu a Toffoli. “Receba minha solidariedade à sua manifestação. A agressão física a Suprema Corte revela o desconhecimento de suas elevadas funções como um dos principais garantes da democracia integrada, como é , por juristas do maior porte e forjados na ideia de rigoroso cumprimento da Constituição Federal”.

Mais cedo, Dias Toffoli divulgou comunicado em resposta aos ataques. “O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo sua missão”, afirmou Toffoli.

“Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus ministros e da democracia brasileira”, acrescentou.

Na noite deste sábado (13), manifestantes bolsonaristas retirados de um acampamento montado na Esplanada dos Ministérios causou tumulto e aglomeração, desrespeitando as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde), enquanto efetuavam disparos de fogos de artifício em direção ao prédio do STF, na praça dos Três Poderes.

Os manifestantes divulgaram vídeos pelas redes sociais. Em um deles, se escuta a voz de um homem fazendo ameaças ao STF e, nominalmente, aos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Toffoli.

As cenas foram descritas por Toffolli como “mais um ataque ao STF, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas”.

“Financiadas ilegalmente, essas atitudes têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo Tribunal Federal tenta estabelecer com todos – Poderes, instituições e sociedade civil, em prol do progresso da nação brasileira”, afirma.

Neste domingo, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu Renan da Silva Sena, acusado de ser um dos autores do ataque que lançou fogos de artifício contra o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) e xingar o governador do DF, Ibaneis Rocha.

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Fonte r7
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