Desemprego vai para 12,1%, mas ainda atinge 12,9 milhões de brasileiros
O rendimento médio do trabalhar atingiu o menor valor da série iniciada em 2012
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios também aponta que a população desocupada diminuiu 10,4% frente ao trimestre terminado em julho. O dado indica que um milhão e meio de brasileiros conseguiram emprego ou deixaram de procurar uma ocupação no período.
A população ocupada, de 94 milhões de pessoas, cresceu 3,6% na comparação com o trimestre encerrado em julho, e subiu 10,2% frente ao mesmo trimestre de 2020.
Os dados do IBGE também apontam que o nível da ocupação, referente a pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,6%, subindo 1,8 ponto porcentual frente ao trimestre de maio a julho de 2021.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, sem contar com trabalhadores domésticos, foi de 33,9 milhões de pessoas, alta 4,1% diante do trimestre anterior e 8,1% frente a 2020.
Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado subiu 9,5%. O número de trabalhadores por conta própria cresceu 2,6% na comparação mensal e 15,8% na comparação anual. O que é um novo recorde.
A renda média do trabalhador esta em R$ 2.449, o menor valor desde 2012, quando do início da série histórica. Especialistas apontam que a inflação alta tem corroído o poder de compra dos trabalhadores.
Para Luiz Fernando Figueiredo, sócio-diretor da Mauá e ex-diretor do Banco Central, os dados até podem apresentar melhor nos próximos meses com a adição dos empregos temporários comuns na época do fim de ano, mas a expectativa dos analistas é que a taxa de desemprego se mantenha com pequenas alterações no próximo ano.
Com o desemprego em alta e sem uma perspectiva real de crescimento econômico, a renda não encontra espaço para crescer muito, segundo o economista.