Condenados na Lava Jato, Vaccari e Delúbio Soares retiram tornozeleira eletrônica

Decisões da Justiça do Paraná sobre os ex-tesoureiros do Partido dos Trabalhadores (PT) são desta segunda-feira (11) e tiveram como base a mudança de entendimento do STF sobre a prisão em segunda instância.

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A Justiça do Paraná autorizou, e os ex-tesoureiros do Partido dos Trabalhadores (PT) João Vaccari Neto e Delúbio Soares retiraram a tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira (11). Os dois foram condenados em processos da Operação Lava Jato.

As duas decisões da juíza Ana Carolina Bartolamei Ramos, da 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, tiveram como base a mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão em segunda instância.

Vaccari estava no regime semiaberto sendo monitorado por tornozeleira eletrônica desde setembro deste ano. Ele tinha sido preso em abril de 2015, na deflagração da 12ª fase da Lava Jato. Na primeira instância, ele foi condenado a seis anos e oito meses por corrupção passiva.

Vaccari estava no regime semiaberto sendo monitorado por tornozeleira eletrônica desde setembro deste ano — Foto: Reprodução: TV Globo

“No presente caso, restou observado que não há trânsito em julgado da condenação, tal como que esta teve início exclusivamente em virtude da confirmação da sentença condenatória em segundo grau, não existindo qualquer outro fundamento fático para o início do cumprimento da pena”, diz trecho.

A defesa dele informou que “a decisão reflete justiça e sintonia à ordem constitucional, face a recente decisão do STF”.

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT — Foto: TV Globo/Reprodução

Soares tinha sido preso em maio de 2018, após condenação de seis anos de prisão por lavagem de dinheiro em uma ação que é desdobramento do processo que condenou o pecuarista José Carlos Bumlai e dirigentes do Banco Schahin por um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões concedido a Bumlai.

O advogado dele afirmou que Delúbio Soares aguarda o julgamento dos recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no STF. Ele disse ter convicção que “os tribunais vão reconhecer a absoluta ilegalidade na condenação e absolvê-lo”.

Outros presos beneficiados
O entendimento do STF de que a prisão só pode ocorrer quando não há mais possibilidade de recurso também beneficiou o ex-executivo da Mendes Júnior Alberto Elísio Vilaça Gomes.

Ele deixou nesta segunda o Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região de Curitiba, onde estava preso desde agosto de 2018. Na Lava Jato, Alberto Elísio foi condenado a 11 anos e seis meses de prisão por corrupção e associação criminosa.

A Justiça também mandou soltar o ex-executivo da empreiteira Engevix Gerson Almada. Ele tem duas condenações em segunda instância. As penas por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa somam 73 anos de prisão.

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