Carla Zambelli nega divulgação de operação da PF e rebate alegações de Witzel
Após as críticas do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) respondeu as declarações depois que uma operação da Polícia Federal realizou mandados de busca e apreensão em endereços que remetem ao governador nesta terça-feira (26).
Witzel divulgou uma nota na qual disse estar indignado por conta de parlamentares da base do governo federal tenham citado uma operação da PF contra ele nas redes sociais.
“Se há algum tipo de interferência, o presidente está agindo no STJ também? Significa que todo o sistema está corrompido, que é perseguição ao Witzel? É só olhar os números. Antes de se preocupar com uma deputada que é do baixo clero, que não é líder do governo, que não consegue aprova nenhum projeto, deviam estar preocupados com ele. Ele (Witzel) que se preocupe com a defesa dele. Ele está fazendo uma cortina de fumaça e jogando em cima de uma deputada”, disse a deputada em entrevista à CNN Brasil.
“Não acredito e não tenho conhecimento de vazamentos na Polícia Federal. E se eu soubesse de vazamento, eu ficaria quieta, não daria entrevista a uma rádio”. “Vendo a repercussão negativa disso, hoje talvez eu não tivesse dito”, finalizou a parlamentar.
A fala de Zambelli em questão foi dita em uma entrevista à Rádio Gaúcha na última segunda-feira (25). A deputada ressaltou que a conversa era para comentar uma falha no combate à corrupção apontada pelo ex-ministro Sergio Moro ao deixar o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“Todo mundo sabe que sou defensora do presidente, e vim dizer o seguinte, é muito estranho que o ministro tenha dito isso, porque logo depois que ele saiu começaram operações da Polícia Federal contra corrupção em diversos lugares. Dia 19 a PGR pediu investigação em cima de alguns governadores como Witzel, Doria, o governador doa Amazonas”, relatou Zambelli em entrevista nesta terça.
Carla também chamou atenção para os casos suspeitos de corrupção na compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nos estados.
“Me preocuparia com o Ceará, que tem valores superfaturados. Me preocuparia com o Amazonas, onde tem superfaturamento de respiradores, de EPIs e eu não preciso de informações privilegiadas sobre isso”.