‘Bom estado geral, consciente, atento e colaborativo’, indica laudo sobre Anderson Torres

Conclusão de relatório elaborado pela Secretaria de Saúde 'não considera necessária a transferência para hospital penitenciário'

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Um laudo elaborado pela Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal afirma que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres está em “bom estado geral, consciente, atento e colaborativo”. A conclusão vai na contramão do que alegou a defesa no mês passado, de que havia risco de suicídio de Torres em razão de problemas psiquiátricos agravados na prisão.

O documento, entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (2) e assinado por um psiquatra da Secretaria de Saúde em 30 de abril, afirma ainda que as instalações onde o ex-ministro está preso estão adequadas ao estado atual de saúde mental dele. Torres está no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), no mesmo terreno do 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para que a defesa se manifeste sobre o laudo médico e a necessidade de transferência de para o hospital penitenciário.

O relatório finaliza-se com a afirmação de que “não considera necessária a transferência para hospital penitenciário”, mas reitera “que o caso exige acompanhamento frequente”.

“Seu pensamento está agregado e organizado, com fluidez aparentemente normal, sem evidências de alteração da sensopercepção. Seu humor encontra-se hipotímico e ansioso, com labilidade emocional constante, principalmente ao falar da família. Refere-se a crises de ansiedade diárias, mas nega desejo de morte e ideação suicida. As medicações foram ajustadas com a intenção de melhor controle do humor e das crises de ansiedade”, afirma o laudo.

Apesar da avaliação da boa condição de Torres, segundo o laudo, caso seja notada alguma intenção de suicídio, o local em que ele está atualmente não será adequado, levando-se em consideração que há muita privacidade, principalmente durante a noite, além da presença de múltiplos objetos que poderiam ser usados em uma tentativa de suicídio.

 

Laudo apresentado pela defesa

A defesa de Anderson Torres apresentou ao Supremo Tribunal Federal, em abril, um laudo em que alega que “vem aumentando o risco de tentativa de autoextermínio” e, com o objetivo de “conter essas crises e a prevenção de suicídio”, indicou a internação domiciliar de Anderson Torres para melhorar os chamados “fatores protetores de prevenção.”

Ao avaliar o pedido, o ministro Alexandre de Moraes solicitou à Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) do DF uma avaliação da necessidade e das condições de transferência do ex-ministro para o hospital psiquiátrico do Complexo Prisional da Papuda, no DF.

Torres está preso desde 14 de janeiro. Ele é acusado de omissão sobre os atos extremistas do dia 8 de janeiro em Brasília, quando vândalos invadiram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

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Fonte r7
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