Bolsonaro diz à CNN que crítica de Lula é campanha e retoma fala anticorrupção
Presidente associou o governo do petista a acusações de desvios e defendeu a atuação da sua administração no combate à pandemia da Covid-19
Em entrevista à CNN Brasil na tarde desta quarta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respondeu às críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro afirma que Lula critica o atual governo num gesto de campanha para as eleições de 2022 e revidou o ex-presidente, afirmando que uma eventual volta do petista à Presidência representaria corrupção.
“O ex-presidente Lula agora inicia a sua campanha. Como não tem nada para mostrar de bom, e essa é uma regra do PT, a campanha deles é baseada em criticar, mentir e desinformar”, afirmou Bolsonaro, em entrevista ao repórter da CNN Leandro Magalhães.
Nos últimos dias, o presidente mudou o tom a respeito da pandemia, passando a defender de forma mais enfática a vacinação contra a Covid-19. Nesta quarta, Bolsonaro afirmou que o país vai adquirir até o final de 2020 um total de 400 milhões de doses, o suficiente para imunizar toda a população — apesar de reforçar que não pretende que a vacinação seja obrigatória.
Sobre a crítica de Lula de que haveria um “desgoverno” na sua gestão, Bolsonaro citou acusações feitas ao ex-presidente por Antonio Palocci, ministro da Fazenda nos primeiros anos do governo do PT e que firmou acordo de delação premiada.
“Era um governo voltado à corrupção”, disse. “Imagine a pandemia com o Lula presidente da República? Seria roubado no mínimo 90% do que foi entregue”, completou.
Bolsonaro ainda associou Lula às políticas de distanciamento social no Brasil. O presidente disse que a situação atual da pandemia é “bastante grave”, mas que segue contra o fechamento dos serviços não-essenciais.
“Essa política infelizmente continua e tem uma adesão total de governadores ligados a Lula e ao PT”, afirmou o presidente, acrescentando avaliar que há a intenção de prejudicar propositalmente a economia em “movimento contra o governo”.
Publicado por Guilherme Venaglia