BNDES lança nova linha de capital de giro para cooperativas agro
Utilizando funding próprio do BNDES, a linha Crédito Cooperativas terá opções de custo baseadas em taxas pré e pós fixadas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a criação de uma nova linha de capital de giro para cooperativas agropecuárias, com uma demanda estimada de até 1 bilhão de reais para a safra 2023/2024, disse o banco em comunicado nesta segunda-feira.
Prevista para iniciar operações em 17 de outubro, a linha apoiará produtores rurais cooperados de todo o país, especialmente aqueles do Rio Grande do Sul, impactados recentemente pela seca e por enchentes.
A solução vinha sendo desenhada pelo BNDES desde agosto, a partir de uma demanda do Ministério da Agricultura, e soma-se às ações do governo federal previstas na Medida Provisória 1189/2023 para auxiliar localidades atingidas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul desde o início de setembro.
Utilizando funding próprio do BNDES, a linha Crédito Cooperativas terá opções de custo baseadas em taxas pré e pós fixadas, além da possibilidade de indexação da dívida em variação cambial, especialmente pelas cooperativas que possuem receita em dólar ou atreladas à moeda norte-americana.
Para operações protocoladas até 31 de março de 2024, serão oferecidas também condições diferenciadas, como prazo de pagamento de até cinco anos e carência de até um ano para cooperativas que exerçam atividades em municípios que tenham decretado estado de emergência ou calamidade a partir de janeiro de 2021.
“As condições temporárias visam atender a cooperados de todo o país afetados pelos extremos climáticos durante a atual safra, assim como nas duas safras anteriores. A partir de abril de 2024, a linha irá operar com prazo de pagamento de até 2 anos e carência de até 6 meses”, explicou o banco.
“O esforço do BNDES é trilhar um caminho inédito de reconstrução da economia local, criando condições favorecidas para cooperativas poderem superar o dramático impacto que as secas prolongadas e, sobretudo, as enchentes estão promovendo em diversas áreas do território brasileiro”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.