Aras nega pedido de Flávio e não arquiva caso das rachadinhas
Em documento, o PGR disse não ver as ilegalidades e o constrangimento ilegal alegados pelo advogado Frederick Wassef
O procurador-geral da República Augusto Aras enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal contra o pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro para arquivar as investigações sobre o esquema de rachadinha que o senador é acusado de ter liderado à época em que ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio.
No documento, o PGR disse não ver as ilegalidades e o constrangimento ilegal alegados pelo advogado de Flávio, Frederick Wassef.
O parecer foi encaminhado ao gabinete do ministro Gilmar Mendes na última quinta-feira (5), no âmbito de habeas corpus impetrado por Wassef em maio. O caso corre sob sigilo no STF.
O processo foi apresentado à corte máxima dois meses depois de o Superior Tribunal de Justiça negar dois recursos da defesa de Flávio, um deles sobre o compartilhamento de informações do Coav (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) com o Ministério Público do Rio no caso das “rachadinhas”.
Os relatórios apontaram movimentação atípica de R$ 1,2 milhão do ex-assessor Fabrício Queiroz e foram o ponto de partida das investigações, que já resultaram em uma primeira denúncia apresentada no caso. Segundo o MP fluminense, a organização criminosa comandada desviou R$ 6,1 milhões dos cofres da Alerj.