Sinpol-TO defende inocência de agentes presos pela PF e critica nome dado à operação
Sindicato também está preservando família e identidade dos agentes.
O Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO) comentou, em nota, a operação da Polícia Federal que está investigando um suposto grupo de extermínio dentro da Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (DENARC) de Palmas.
Denominada de ‘Caninana’, a ação da PF foi deflagrada nesta quarta-feira (22/06) e cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, cinco de prisões preventivas e 14 medidas cautelares diversas da prisão, dentre as quais a suspensão da função pública dos investigados.
De acordo com o Sinpol, as acusações em questão são apenas o início da referida investigação e não podem ser confundidas com sentença final. “A gravidade das acusações demanda que mais cuidadosa ainda seja a análise dos fatos antes que se façam pré-julgamentos infundados, baseados em informações incompletas ou parciais”, destaca o sindicato.
Ainda na nota, o sindicato repudiou a exposição da corporação e rejeitou o nome dado à operação da PF. “Repudiamos a exposição da corporação e rejeitamos a comparação dos Policiais Civis em questão com o réptil que dá nome à operação, bem como toda a conotação pejorativa em torno das primeiras informações ventiladas nesta quarta-feira (22)”, declarou.
AGENTES ENVOLVIDOS
O sindicato também disse que está atuando para preservar a identidade dos agentes investigados e operando para preservar a sua integridade física e moral, bem como a de seus familiares.
“Esta entidade reafirma que acredita na inocência de todos os investigados até que prove-se na Justiça, o contrário. E prove-se através de apresentação de evidências contundentes, contraditório, ampla defesa e julgamento justo, conforme dita a nossa legislação”, ressaltou na nota.
DEFESA
O sindicato reforçou que a Polícia Civil do Tocantins está historicamente listada entre as mais honestas e não violentas do país e isso deve ser levado em consideração.
Afirmou também que o departamento jurídico da entidade está acompanhando com atenção e afinco o caso. “E não abandonará nenhum Policial Civil que porventura tenha sido injustiçado. Garantimos que trabalharemos para que tudo seja esclarecido”, completou.
Destacou ainda que toda a corporação e o próprio sindicato se espantaram com a operação, pois os policiais investigados possuem histórico de eficiência na prestação de serviço no combate à criminalidade. “Este tipo de ação criminosa relatada na acusação não representa de modo algum a forma como opera toda a Polícia Civil tocantinense”, destacou o Sinpol.
“Acompanharemos o desenrolar das investigações e acreditamos em um desfecho onde prevaleça a Justiça”, finalizou a nota o sindicato, assinada pela presidente do sindicato, Suzi Francisca.