Secretário de Saúde explica reserva de doses da Covid e diz que municípios são responsáveis pela utilização correta da vacina

Segundo Edgar Tolini, estado faz a distribuição e municípios é que são responsáveis pela aplicação no público alvo. Durante entrevista, secretário falou sobre a vacinação no estado e problemas recentes em hospitais.

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O secretário de estado da saúde, Edgar Tolini, afirmou nesta quinta-feira (21) que a responsabilidade de garantir que as doses da vacina contra a Covid-19 não sejam utilizadas indevidamente é de cada município. Durante entrevista à TV Anhanguera, o gestor também explicou qual o objetivo da reserva técnica de 5% das vacinas que ficarão retidas com o estado.

“A distribuição é do estado: que recebe [do Ministério da Saúde] e distribui aos municípios. A responsabilidade é de cada gestor municipal”, falou o secretário ao ser questionado sobre a possibilidade de alguma pessoa furar a fila de vacinação no estado.

Segundo Tolini, a reserva de contingência servirá para eventuais emergências, como acidentes ou fatos de força maior que causem a perda de doses. “Isso pode acontecer. O Ministério [da saúde] já colocou nas recomendações que deixem a reserva técnica, assim como colocou que façamos a primeira dose a segunda fique em posse na secretaria estadual da saúde para ser distribuída após duas a três semanas”, disse.

O secretário afirmou ainda que a dose não é obrigatória, mas a recomendação é que todos que estão no grupo prioritário se vacinem. Neste primeiro momento devem ser vacinados os profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia nos hospitais, idosos acima de 75 anos e que vivem em asilos, além de indígenas aldeados.

A primeira remessa da vacina, de acordo com o gestor, deverá atender apenas 34% dos profissionais da saúde.

“Não é suficiente. Esperamos que o Ministério [da Saúde] nos envie mais um quantitativo de doses para que possamos dar continuidade nessas vacinas. Esse que vacinaram já estão com sua cota da segunda dose separadas e nós vamos entregar aos municípios dentro de duas semanas e meia, mais ou menos.”

Outro ponto abordado durante a entrevista foi a ampliação da vacinação para os próximos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Ainda não há uma previsão de quando isso acontecer, pois o estado depende da chegada de novas doses.

Em relação as pessoa com comorbidades, que deverão entrar na terceira fase, o secretário afirmou que a triagem também é responsabilidade dos municípios.

“Essa triagem tem que ser feita pelas secretarias municipais de saúde para que nós não corramos o risco de vacinar pessoas com comorbidades que podem chegar lá, muitas vezes com um atestado. O município tem que conhecer toda a sua atenção básica, toda a sua atenção primária. Os programas de saúde da família estão aí para identificar aquele paciente”, comento.

A entrevista também tratou sobre o bloqueio de leitos de UTIs nos principais hospitais públicos do estado, manutenção predial do Hospital Geral de Palmas e a falta de segurança nas unidades hospitalares.

Sobre a contratação de vigias, o secretário novamente não deu um prazo e, apesar do problema ser registrado há anos, disse que a licitação continua. Também adiantou que não haverá segurança em todos os setores das unidades.

“Eu não vou ter contingente nem recurso suficiente para colocar segurança armada ou segurança em todo o hospital. Aquilo vai ter que ser, realmente muito discutido, o hospital tem monitorado para saber as áreas mais críticas para que a gente possa resolver”, disse.

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Fonte globo
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