Procuradoria-Geral abre inquérito contra Carlesse para investigar propina no Plansaúde
MPTO solicitou compartilhamento das provas colhidas pela PF.
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) instaurou, nesta segunda-feira (8), um inquérito civil para apurar supostos atos de improbidade praticados pelo governador afastado Mauro Carlesse (PSL) na gestão dos recursos do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado (Plansaúde).
Conforme o órgão, as investigações incluirão os fatos que constam no inquérito nº 1.445/DF do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o qual levou à recente deflagração da operação Hygea pela Polícia Federal. Mais de R$ 40 milhões teriam sido desviados do plano de saúde por meio do pagamento de propina.
O inquérito foi instaurado pela Procuradoria-Geral de Justiça, que tem a atribuição de investigar as possíveis práticas de improbidade atribuídas ao governador do Estado. Já as investigações de âmbito criminal cabem à Procuradoria-Geral da República, que está atuando no inquérito em trâmite no STJ.
Para subsidiar as investigações relativas à improbidade, a Procuradoria-Geral de Justiça solicitou ao ministro Mauro Campbell Marques o compartilhamento das provas colhidas nas investigações em andamento no STJ.
Os fatos apontados no inquérito nº 1.303/DF do STJ, que levaram à operações Éris e Hygea, encontram-se em análise na Procuradoria-Geral de Justiça e poderão motivar a instauração de novo procedimento investigativo.
Outras investigações
Conforme o Ministério Público, o inquérito da Procuradoria-Geral de Justiça se somará a diversos outros procedimentos que apuram irregularidades na gestão do Plansaúde, conduzidos pelas promotorias de Justiça da Capital que possuem atribuição na área de defesa do patrimônio público. Existem pelo menos 11 procedimentos investigativos e uma Ação Civil em curso, com esta finalidade.