Porque hospitais de campanha? Curva vai aumentar no TO? Faltam testes? Secretário responde e fala em “pecar por excesso e não por omissão”
Maju Cotrim
O secretário de saúde, Edgar Tollini concedeu entrevista ao vivo na TV Anhanguera nesta quarta-feira, 22, falando sobre o cenário do coronavírus no Tocantins. Ele disse que os hospitais de campanha nas três maiores cidades após as definições Serão estruturados rapidamente. “As medidas que estão sendo tomadas tem sido eficientes”, disse ao defender a baixa taxa de casos no Estado.
Os hospitais de campanha devem ser construídos em até 15 dias no máximo dependendo da estrutura. Além da estrutura, os hospitais terão que ter equipe treinada. “ hoje na rede pública tenho 50% dos leitos ocupados mas a recomendação é que se separe a área Covid dos leitos normais”, pontuou.
Ele não descartou contratação de novos profissionais e remanejamento de parte da equipe de servidores.
Em Araguaína e Gurupi ainda estão sendo definidas as áreas mas ele preferiu não falar.
“Temos uma paciente só na rede pública provavelmente tendo alta hoje… ela é uma paciente que tem plano de saúde mas a família optou por estar na rede pública”, citou sobre a atual do Estado.
Ele justificou ainda: “Estamos abraçando todas as causas, não queremos nos tornar um Amazonas ou Pará que está entrando em colapso”, disse.
Ele afirmou que os servidores da saúde estão recebendo treinamento e EPIs adequados. “Estamos dando a reposta e tranquilidade”, disse.
20% dos infectados são profissionais da saúde, segundo ele, todos já estão de volta ao trabalho.
“Prefiro mostrar quando tivermos modulado estrutura física ou de RH”, disse sobre a estrutura dos hospitais.
“Pegar por excesso, temos que ter estrutura se tivermos necessidade utilizarmos. Quando o Covid demanda que venha uma área isolada para o próprio acolhimento do ocidente vamos buscar todas as alternativas. Nossa ideia é ofertarmos o máximo que dermos conta. A demanda e pouca mas quem que é que pode garantir que estamos no pico o achatamento da curva”, pontuou.
Sobre o decreto que flexibilizou o isolamento no Tocantins e o anúncio posterior dos hospitais de campanha : “A recomendação não impacta. Vamos ofertar a população o máximo que pudermos. Não é uma coisa dúbia. Quanto mais tivermos melhor para o Tocantins”, disse.
Questionado sobre o legado pós-pandemia e se não seria melhor investir nos hospitais públicos do que montar outros hospitais ele disse: “ Estamos seguindo o que os outros estados fizeram”, pontuou.
Sobre a perspectiva do aumento nos casos no Tocantins ele disse: “Eu não posso esquecer que corremos risco é que uma pandemia a curva e ampliação dos casos é geométrica, temos que sempre trabalhar numa perspectiva pessimista”, afirmou ao citar a situação dos hospitais vizinhos.
“Essa curva pode ser alongada ou podemos ter crescimento”, pontuou.
O secretário disse que é preciso estar atento as divisas mas não há relato de pessoas procurando o Tocantins para assistência á saúde.
Segundo o secretário, Tocantins tem apenas um caso de transmissão comunitária.
Sobre a capacidade de testagem ele afirmou: “O Lacen tem capacidade de 150 destes por dia e vamos ampliar para 300”, disse. Sobre subnotificação ele disse: “todos os municípios estão cobertos de testes rápidos e agora vamos fortalecer” pontuou. Ele garantiu que não faltam testes no Estado nem na capital.