MPE identifica falta de insumos e pacientes nos corredores no HGP e constata problemas estruturais no HMDR
O Hospital Geral de Palmas (HGP) e o Dona Regina (HMDR) foram vistoriados na quinta-feira, 15, pela 19ª Promotoria de Justiça da Capital. O objetivo era apurar denúncia sobre o descumprimento da carga horária por parte dos servidores, mas outros problemas também foram identificados. O Ministério Público (MPE) vai investigar todas as ocorrências registradas.
Problemas de pessoal
Conforme o promotor Thiago Ribeiro Franco Vilela, quatro médicos não estavam no HGP, embora os nomes dos mesmos constarem na escala do dia. Além disto, a falta de profissionais para atender à demanda também foi relatada. Havia apenas uma fisioterapeuta plantonista para acompanhar todos os pacientes da ortopedia no período da manhã, ilustra o MPE.
Pacientes nos corredores
A vistoria do MPE no HGP também constatou a existência de pacientes acomodados em macas instaladas nos corredores. Profissionais da saúde também relataram a ausência de insumos básicos, como lençóis, esparadrapos, luvas, capotes, cadeira de rodas, instrumentos cirúrgicos e medicamentos. A falta de segurança também esteve entre os problemas listados, visto que as entradas do hospital contam com recepcionistas, mas não há profissionais de segurança. Um caso de agressão a um servidor foi registrado na semana passada.
Problemas estruturais no HMDR
Já no Hospital e Maternidade Dona Regina, o promotor identificou que um servidor não estava presente no plantão, sem que houvesse comunicado e justificado sua ausência à direção-geral. Entretanto, o maior problema identificado foi em relação à problemas estruturais, sendo citados a precariedade das salas de repouso dos servidores e a insuficiência de espaço do posto de enfermagem, mas conforme Thiago Ribeiro, a reclamação neste sentido abrangeu todos os setores da unidade.
Indisponibilidade de instrumentos básicos
De acordo com o MPE, servidores também se queixaram quanto à indisponibilidade de instrumentos básicos, sendo relatada a insuficiência de aparelhos de verificação de pressão arterial, de sonares e de amniótomos, bem como a precariedade de termômetros e bombas de infusão. Na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), que está passando por ampliação da quantidade de leitos, foram relatadas necessidades mais urgentes, como a ligação de todos os leitos à rede de oxigênio, ausência de berço, incubadora e equipamento de fototerapia, bem como a insuficiência de equipamentos básicos, como ambu e manômetros.