Ministro da Defesa diz ter certeza que governo vai analisar ações contra queimadas para diminuir número de casos em 2020
Fernando Azevedo e Silva sobrevoou serras no entorno de Palmas para verificar o andamento do trabalho. Ele disse que trabalho das equipes foi baseado em dados dos radares. Em julho, presidente Jair Bolsonaro questionou dados do Inpe.
O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, esteve em Palmas nesta quinta-feira (3) e disse ter certeza de que o Governo Federal vai analisar as ações deste ano em relação ao combate a queimadas para diminuir o número de casos de queimadas em 2020.
“Eu tenho certeza que o Governo Federal, o Governo Estadual e os municípios também com os seus órgãos de fiscalização ambiental irão fazer uma análise pós-ação deste ano para que diminua ou aconteça menos esses focos de incêndio no próximo ano”, disse o ministro.
A declaração foi dada por ele no Aeroporto de Palmas após um sobrevoo sobre as serras do Carmo e do Lajeado, no entorno da capital. Ao ser questionado se achava que a ajuda tinha demorado para chegar ao Tocantins, ele afirmou considerar que a resposta foi rápida. Desde o início do ano, o estado registra 11.658 focos de queimadas de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
A operação Verde Brasil começou de fato no Tocantins no dia 24 de setembro. Desde então, os homens do Exército e o helicóptero da Marinha têm concentrado esforços na área do entorno de Palmas e na ilha do Bananal, que é considerada de difícil acesso para o brigadistas.
Uso de radares
Ainda na entrevista, Fernando Azevedo e Silva disse que as prioridades da operação, que chegou primeiro ao Acre, Rondônia e o sul do Pará, foram estabelecidas utilizando como base os dados dos radares. Os equipamentos são operados pelo Inpe.
“É lógico que a nossa atenção principal, inicial, não é principal, a inicial onde os focos de calor foram identificados pelo radar, pelos radares que são vários, né. Identificaram uma presença imediata nossa que foram os estados do Acre, de Rondônia e do sul do Pará. Em seguida aqui”, disse.
Em julho, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) questionou os dados do instituto a respeito do desmatamento e disse suspeitar que o órgão estivesse “a serviço de alguma ONG”.
No ranking nacional, o Tocantins ocupa o terceiro lugar entre os estados com maior número de focos, atrás de Mato Grosso e Pará.