Juiz federal mantém a prisão temporária do empresário Alex Câmara após audiência
Em sua decisão, o magistrado João Abe disse que as acusações contra o empresário são graves e para garantir o bom andamento das investigações manteve a prisão
O juiz federal João Paulo Abe manteve a prisão temporária do empresário Alex Câmara, durante audiência de custódia no inicio da tarde desta quinta-feira, 7. Ele foi preso junto com o empresário do setor gráfico Franklin Douglas Alves Lemes e o ex-superintendente de Licitação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Carlos Gomes Cavalcante Mudim Araújo, na manhã desta quarta-feira, 6, pela Polícia Federal (PF) na Operação Replicantes. Os três estão na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) à disposição da Justiça.
Eles são suspeitos de integrarem uma organização investigada por atos de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos e lavagem de capitais, envolvendo contratos com empresas do ramo gráfico.
Na audiência desta quinta, 7, o magistrado argumentou em sua decisão de manter a prisão de Alex Câmara, que a suposta participação dele no possível esquema de fraudes em licitações do governo do Estado é grave e que requer a continuidade da prisão temporária de cinco dias para o bom andamento das investigações. O depoimento de Câmara à Polícia Federal nesta quarta, após a prisão, teria durado cerca de 8 horas. Isso fez com que a audiência de custódia ficasse para esta quinta.
Ainda na quarta-feira, 6, a Justiça Federal conseguiu realizar as audiências de custódia de Franklin Douglas Alves Lemes e Carlos Gomes, mantendo a prisão dos dois, que seguem presos na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), onde devem ficar até nova decisão da Justiça.
Na audiência de Franklin Douglas, o juiz João Paulo Abe entendeu que são graves as acusações de recebimento de vantagens indevidas e de possíveis ameaças a jornalistas citados no processo.
Entenda o caso
A Operação Replicantes é um desdobramento da Operação Reis do Gado, de 2016, que já colocou na prisão há mais de 40 dias o ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e seu irmão José Edmar Brito Miranda Júnior. Os pedidos de prisão dos dois, feitos também nesta ação, foram negados pelo Juiz Federal Fabrício Bressan, da 4a Vara Federal.
Os contratos investigados são os que foram celebrados e estiveram em vigor entre os anos de 2013 e 2016.