Infectologista diz que alguns fatores seguraram “explosão” da Covid-19, mas lembra que TO tem 1,7 mil casos suspeitos e deficiência para testar
O UOL postou uma matéria nesta quinta-feira, 16, para tentar explicar o motivo de o Tocantins ter sido o último a registrar morte por Covid-19 e apresentar o menor número de casos confirmados — 29 até essa quarta-feira, 15. Professor de doenças infecciosas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), o infectologista Flavio Augusto de Pádua Milagres lembrou que ao portal que há quase 1,7 mil casos suspeitos do novo coronavírus no Estado e apontou uma deficiência para realizar os exames.
Falsa impressão de tranquilidade
Para o especialista, isso acaba gerando uma falsa impressão de tranquilidade, que, “na realidade, não existe”. “Nós temos um maior número de casos, numa população mais jovem, consequentemente com menos a gravidade”, ponderou Milagres.
Fatores que favorecem
Entre os fatores que considera importantes para favorecer o combate à Covid-19 no Estado, o professor da UFT apontou a posição geográfica, a baixa densidade populacional e o fato de o Tocantins ter uma população com predomínio de idade jovem. “Além disso, outro fator é que aderimos ao isolamento domiciliar muito precocemente, acompanhando o Distrito Federal. Ou seja, já no início, quando aqui ainda não havia casos confirmados, foram adotadas as medidas de isolamento”, lembrou.