Associação que representa agentes penitenciários ameaça greve por falta de diálogo com governo
A Associação dos Profissionais do Sistema Penitenciário do Estado do Tocantins (Prosispen) divulgou recentemente uma nota na qual informa que pretende iniciar uma mobilização entre os servidores da categoria em todas as unidades prisionais do estado e cumprindo rito legal de paralisação das atividades.
A autoria da nota foi confirmada pelo presidente da Prosispen, Wilton Angelis Alves Pereira Barbosa, que informou também que deve iniciar nos próximos dias uma agenda de viagens pelo estado para mobilizar a categoria. “A cartilha de paralisação está em elaboração e eu pretendo convocar assembleia para o fim de fevereiro”, disse o presidente.
Reivindicações
A ameaça de greve tem sido motivada, segundo o Prosispen, por uma série de direitos da categoria que têm sido descumpridos, e também pela falta de diálogo com o governo para abrir negociação.
Segundo Wilton Angelis, a categoria não tem recebido adicionais de periculosidade e noturno, além das horas extras que não são pagas e nem compensadas com folgas. “Cada servidor da primeira turma que entrou em abril de 2017 tem cerca de R$ 68 mil cada um para receber em direitos trabalhistas”, disse o presidente.
A associação alega ainda que já solicitou reuniões e audiências com o governo mas não foi atendida. “Enviamos ofício para o governador, para o vice-governador, e até para o secretário da casa civil, mas não tivemos resposta nenhuma”, alega Wilton.
Outro problema enfrentado pela categoria é a estabilidade dos servidores que ingressaram em 2017. Segundo Wilton, as avaliações de desempenho necessárias para a estabilidade funcional estão atrasadas, podendo prejudicar a declaração de estabilidade dos servidores.
O Conexão Tocantins solicitou posicionamento da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça a respeito das demandas apresentadas pela categoria, e aguarda resposta. Confira abaixo a nota da Prosispen na íntegra.
Reivindicação de direitos! A Associação dos Profissionais do sistema Penitenciário do Estado do Tocantins – PROSISPEN. Só seremos lembrados quando as atividade paralisarem e os massacres começarem? Evitamos tudo isto até agora , mas não temos nenhuma resposta por parte do Governo do estado, enquanto estamos trabalhando corretamente sem receber nossos direitos. Vamos começar ações junto aos colegas de classe em todas as unidades do estado. Já solicitamos, fizemos audiência publica, colocamos faixas nas unidades, fizemos requerimentos ao Secretário da SECIJU, Governador e Vice-governador, Secretário da Casa Civil. Entramos com ações na Justiça …. Estamos cumprindo como rito legal de paralização, pois as promessas não estão sendo cumpridas! Trabalhamos na segunda profissão mais perigosa do mundo e ao mesmo tempo na Primeira mais estressante! estamos acumulando dívidas e insegurança, enquanto o estado enriquece ilicitamente sem pagar nossos direitos.