WTorre rebate Leila Pereira e nega dívida de R$ 128 milhões com o Palmeiras
Presidente revelou que empresa não cumpre contrato sobre o Allianz Parque e Verdão está sem receber desde 2015
Nesta semana, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, disse durante uma entrevista que o Allianz Parque não é um ‘case de sucesso’ no quesito financeiro para o Verdão, porque a Real Arenas (empresa da WTorre que é responsável pela Arena) deve ao clube R$ 128 milhões. A dívida é cobrada na Justiça. “A Real Arenas não paga ao Palmeiras há oito anos. Desde o fim de 2014, pagaram apenas sete meses do que o clube tem direito, de percentuais de receitas, como aluguel para shows, naming rights, restaurantes, cadeiras, camarotes. Quando falam que o Allianz é um case de muito sucesso, não é um case de sucesso. Seria, se pagassem o que devem”, revelou Leila ao ge.com. “Até hoje, para o Palmeiras, foi um péssimo negócio financeiramente. Esportivamente somos muito fortes, jogamos em um bonito estádio, mas financeiramente, para o Palmeiras, não é um bom negócio”, completou a dirigente. Após a repercussão, a WTorre emitiu uma nota nesta quinta-feira, 15, negando os débitos. “Não devemos R$ 128 milhões para o Palmeiras, os créditos e débitos de ambas as partes estão em arbitragem em curso. Uma vez decidida, será paga”, afirmou a cofundadora e presidente do conselho da WTorre S.A, Sílvia Torre.
A nota ainda diz que a empresa reafirma ‘que este é um modelo de negócio vencedor e que tem sido extremamente positivo para todas as partes’. O Allianz Parque foi construído em 2014 e o contrato firmado entre o Palmeiras e a WTorre prevê que o clube receba mensalmente percentuais de receitas do estádio como locação para shows, exploração de áreas como lanchonetes e estacionamentos, além de locações de cadeiras, camarotes e naming rights. São 30 anos de contrato e a tendência é que o valor vá aumentando. De acordo com Leila, desde 2015 esses débitos estão atrasados. “É um contrato longo, a relação está pior porque a Real Arenas não paga o Palmeiras, não cumpre o que está previsto no contrato. É só isso. Não é que não tenha bom relacionamento com eles, é um relacionamento de credor e devedor, como temos milhares no país. Eles precisam cumprir o contrato”, finalizou Leila.