UEFA pode vetar presença de Manchester City e Girona na Champions League; entenda e veja as alternativas
Companhia responsável pela administração das equipes recebeu três sugestões para lidar com o caso inusitado
Segundo apuração do The Times, divulgada nesta quarta-feira (15), a UEFA pode proibir o Manchester City e o Girona de participarem simultaneamente da Champions League, na próxima temporada. A medida seria parte do cumprimento das regras da entidade para empresas multiclubes.
As equipes fazem parte do City Football Group, o Grupo City, como é chamado no Brasil. O conglomerado, com origem nos Emirados Árabes Unidos, exerce influência na administração de 14 times em quatro continentes diferentes.
Tanto os espanhóis como os ingleses garantiram suas vagas na competição por meio de suas ligas nacionais. Ainda assim, a determinação da Federação é que, nas atuais condições, somente um dos dois poderá figurar no torneio.
O Grupo City se familiarizou com a situação no início desta semana, quando a UEFA enviou a diferentes clubes as regras para que agremiações que fazem parte de uma estrutura multiclubes participem em torneios europeus.
A notícia chamou atenção, uma vez que, na atual temporada, equipes pertencentes aos mesmos donos se envolveram na Europa League e na Conference League, como nas situações de Aston Villa e Vitória de Guimarães.
A principal entidade do futebol europeu apresentou algumas alternativas para que a companhia árabe possa manter ambos os times na principal competição de clubes do Velho Continente. Ainda assim, há expectativa de que outra solução surja.
As possibilidades para o Grupo City
A fim de manter o Manchester City na Champions League, a UEFA sugeriu à empresa vender a participação no Girona, que hoje é de 47%. A ideia é reduzir essa fatia para menos de 30%.
Sob pretexto de uma menor pontuação no ranking de coeficientes, se alguma das instituições precisar ser movida para outro torneio, serão os espanhóis. Essa, inclusive, é uma segunda alternativa, aceitar que a equipe de Míchel dispute a Europa League.
Uma terceira possibilidade seria transferir as ações de um dos times a um blind trust, monitorado por um painel da própria UEFA. Nessa estrutura, o Grupo City, enquanto investidor, passaria o controle dos seus investimentos para um administrador autônomo.
Na maioria das vezes, a utilização desse modelo busca evitar conflitos de interesses. Ele se tornou relativamente comum no meio da política. A RedBird Capital, dona de Milan e Toulouse, que figuraram na Europa League da atual temporada, já aderiu ao formato.