Sem expectativa de saída, Ronaldinho completa 2 meses no Paraguai em hotel de luxo
Ronaldinho Gaúcho e Roberto de Assis, irmão e empresário do ex-jogador, estão completando dois meses de detenção no Paraguai nesta quarta-feira (6). Presos por entrar no país com documentos falsos, ambos estão vivendo em um luxuoso hotel localizado na região central de Assunção, mas não possuem expectativa de saída.
Após ficar mais de um mês na Agrupação Especializada da Polícia Nacional, a dupla conseguiu deixar a carceragem sob pagamento de fiança e passaram a viver em um dos hotéis mais badalados do Paraguai. Lá, Ronaldinho e Assis desfrutam de quartos espaçosos, alimentações fartas e calmaria. Isto, porque o empreendimento não está recebendo outros hóspedes devido à pandemia do novo coronavírus.
Ronaldinho também tem à disposição uma moderna academia e uma piscina, que, segundo a imprensa paraguaia, ainda não foi utilizada pelo brasileiro. Sem qualquer restrição judicial, o pentacampeão mundial também pôde participar de lives de bandas de pagodes no último mês, além de ter recebido visitas, como a da “ABC Color”, jornal local que entrevistou o ex-craque.
Na conversa com o veículo paraguaio, inclusive, Ronaldinho classificou o caso como um “duro golpe” e afirmou ser inocente por não tem ciência de que os passaportes eram falsos. “Foi um duro golpe. Nunca imaginei que passaria por uma situação dessas. Durante toda a minha vida, busquei atingir o mais alto nível profissional e trazer alegria às pessoas com o meu futebol”, disse.
“Ficamos surpresos ao saber que os documentos não eram originais. Desde então, nossa intenção tem sido colaborar com a Justiça para esclarecer o fato, como temos feito desde o início. Desde esse momento até hoje, explicamos tudo e facilitamos tudo o que a Justiça solicitou de nós”, continuou o ídolo do Barcelona e do Atlético-MG.
A situação de Ronaldinho, no entanto, é complicada e imprevisível. O Ministério Público do Paraguai se esforça para comprovar a ligação entre os dois brasileiros e Dalia López, empresária responsável pelo convite aos irmãos para participar de eventos no país, e quem teria solicitado a confecção dos documentos.
Segundo relatos da imprensa paraguaia a prisão de Ronaldinho e Assis é uma estratégia da acusação para forçar Dalia a se entregar – ela havia feito um acordo para se entregar às autoridades, mas não o cumpriu e segue foragida.