Opinião: Palmeiras acerta em cheio ao promover Estêvão
Talento não se nega, e o jovem atacante do Verdão já mostrou que tem muita futebol para mostrar ao longo da temporada
O Palmeiras anunciou na última quinta-feira a promoção em definitivo de Estêvão, joia da base, ao profissional. Agora, Abel Ferreira conta com o atacante de 16 anos de maneira integral em seu elenco.
“É uma experiência incrível, é sempre bom estar aqui. Aprendo bastante com todos. Quero fazer bons treinos, bons jogos e que Deus possa me abençoar dentro de campo. Já tinha estreado no ano passado e eles [jogadores] me tratam com carinho, me acolhem bastante. Espero que seja um ano abençoado e que eu possa contribuir de todas as formas para fazermos um ano excelente”, disse Estêvão à TV Palmeiras.
O Palmeiras vai em um caminho parecido com o que fez com Endrick, que estreou aos 16 anos – no final de 2022 – e foi promovido na temporada em que completou 17 – em 2023. A estreia de Estêvão pelo Verdão aconteceu no final do ano passado.
O jovem atacante fez seu primeiro jogo pelo profissional na última rodada do Brasileirão 2023, contra o Cruzeiro no Mineirão. Ele se tornou o terceiro atleta mais jovem a entrar em campo pelo Palmeiras, com 16 anos, sete meses e 12 dias. Fica atrás apenas de Endrick (16 anos, dois meses e 16 dias) e Rodrigo Taddei (16 anos, três meses e cinco dias).
Nas mãos de Abel
Com as saídas de Kevin e Artur, e a promoção de Estêvão, o Palmeiras deve apenas contratar um novo atacante em uma situação muito pontual. Com isso, é de se imaginar que o ataque palmeirense fique com: Breno Lopes, Bruno Rodrigues, Dudu (lesionado), Endrick (sai em julho), Rony, Flaco López e Estêvão. Luis Guilherme, meia, e Caio Paulista, lateral, podem atuar como pontas também.
Se chegar um reforço ou não, fato é que Abel Ferreira terá mais um potencial craque internacional em suas mãos. O primeiro foi Endrick, e a condução que o treinador teve com a temporada do jogador rendeu debate. O futuro jogador do Real Madrid teve um bom início de ano, marcando duas vezes na final do Paulistão, por exemplo.
Mas justamente após essa boa sequência, começou a oscilar e perder espaço. Abel Ferreira viu que Endrick precisava amadurecer em determinados aspectos e optou por uma evolução mais gradual. Só que talento não se nega.
E o futuro jogador do Real Madrid mostrou isso na virada histórica contra o Botafogo. Pediu a bola e levou o Palmeiras ao título brasileiro. Fico com a sensação de que se Abel Ferreira tivesse confiado mais no talento bruto que tinha em mãos, Endrick teria estourado antes. Mas eu não convivi diariamente com o atacante, Abel sim…
E nos pés de Estêvão
Então, resta ao torcedor palmeirense confiar que Abel Ferreira, caminhando para ser o técnico mais vencedor da história do clube, encontre a melhor maneira de manejar a evolução de Estêvão. O primeiro ponto será acompanhar a evolução física do jogador – que não possui a mesma força de Edrick.
Um ambiente profissional, comissão técnica de excelência e jogadores vitoriosos ao seu lado ele já tem. Então joguem a bola no pé do moleque.