Jogadores dão aval a Ancelotti. E também a europeus dirigindo a Seleção. Técnicos brasileiros têm portas fechadas na CBF até 2026
Ednaldo Rodrigues se reuniu com os jogadores e conseguiu o que queria. O apoio para colocar um estrangeiro no comando da Seleção. Ancelotti foi contatado e ainda não garantiu se aceita assumir em 2024
São Paulo, Brasil
Cumplicidade.
Foi o que Ednaldo Rodrigues conseguiu dos líderes da Seleção Brasileira.
Ele está na Espanha, junto com o time.
Sua preocupação está longe dos amistosos contra Guiné e Senegal.
O presidente da CBF queria, e conseguiu o apoio para sua obsessão de ter Carlo Ancelotti como treinador do Brasil na Copa dos Estados Unidos, em 2026.
Ele se reuniu na quarta-feira com os atletas e falou de forma aberta, clara, sem medo, que deseja o italiano. E não considera errado esperar seu contrato com o Real Madrid, em junho de 2024.
Ednaldo não escondeu que o Brasil atuará apenas oito vezes até que termine o contrato de Ancelotti com o time espanhol.
4/9 – Bolívia (casa) – Eliminatórias
12/9 – Peru (fora) – Eliminatórias
9/10 – Venezuela (casa) – Eliminatórias
17/10 – Uruguai (fora) – Eliminatórias
13/11 – Colômbia (fora) – Eliminatórias
21/11 – Argentina (casa) – Eliminatórias
18 a 26 de março de 2024 – Espanha, em Madrid – amistoso
18 a 26 de março de 2024 – Amistoso contra Alemanha, Inglaterra ou Itália
Ednaldo acredita que seu ‘homem de confiança’ Ramon Menezes pode ficar como interino até junho de 2024. E depois se tornar auxiliar de Ancelotti.
Ele entrou em contato com o empresário do técnico italiano, que ainda tem dúvidas sobre aceitar ou não o convite com tanto tempo de antecedência. Ancelotti vive a expectativa de buscar a Champions League 2023/2024. E se ganhá-la pode seguir no Real Madrid.
Mas, caso o presidente consiga convencer Ancelotti, ele é unanimidade entre os jogadores da Seleção Brasileira.
Se ele não aceitar, Ednaldo quis saber se os jogadores da Seleção têm alguma coisa contra um estrangeiro treinando o Brasil.
A resposta foi ‘não’.
Ou seja, Ednaldo não vê mesmo um treinador brasileiro capacitado para o atual momento da Seleção.
A receptividade dos atletas é facilmente explicável, os líderes Casemiro, Marquinhos, Danilo e Alisson atuam no exterior.
Há a certeza de que Neymar também não ficará contra um técnico europeu comandando o Brasil. Ele já foi muito mais envolvido com os planos da Seleção. Mas os fracassos nas três Copas que disputou pesam.
Ednaldo quer voltar dos amistosos do Brasil na Europa com uma resposta definitiva de Ancelotti.
Se ele vai se comprometer ou não com a CBF para a Copa de 2026.
Mas o dirigente pelo menos agiu, como gosta de repetir como fez na sua vida toda.
Ir atrás dos objetivos sem pressa.
Ele tinha o apoio extraoficial dos jogadores.
Agora, não.
Teve ‘cara a cara’.
Os treinadores brasileiros tiveram as portas da Copa de 2026 fechadas.
Trancadas.
Depois dos fracassos de Parreira, em 2006, Dunga, em 2010, Felipão, em 2014, e de Tite, em 2018 e 2022, a hora é dos europeus.
Até os jogadores admitem.
O atraso tático dos técnicos nascidos por aqui…