Conmebol garante que todos na Copa América serão vacinados

Entidade argumenta que, nos jogos em 2021, organizou 45 partidas no Brasil, com 44 visitantes, e não houve contaminação

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A partir do momento em que o Brasil foi definido como sede da Copa América de 2021, a Conmebol passou a ter de lidar com duas frentes: rebater críticas e atender exigências. Em relação às exigências, a entidade afirma ter acatado por completo todas as determinações que se seguiram à decisão, sobre os protocolos de segurança relativos à pandemia.

“A Conmebol confirma que vai seguir todas as determinações recebidas em relação a essas questões de protocolos. Tudo o que for determinado pelo governo brasileiro e pelas autoridades estaduais e locais será cumprido”, informou a entidade ao R7.

As exigências para as quatro sedes (Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e Brasília) foram apresentadas em post do governador Ronaldo Caiado (GO) no Twitter: as partidas não terão público; haverá um sistema estilo bolha para proteger atletas, arbitragem, comissão técnica, imprensa e outros envolvidos no evento; todos os envolvidos na competição serão vacinados pela Conmebol; não haverá gastos em investimento por parte dos governos e, por fim, o tema Copa América não poderá ser politizado.

De acordo com a Conmebol, neste curto prazo de 11 dias, até o início da competição, a decisão de vacinar todos os jogadores será cumprida. Até agora seis seleções, das 10 participantes, foram vacinadas. Em relação ao prazo que a vacina leva para fazer efeito (duas semanas em média, após a segunda dose), a Conmebol acredita que não tem como interferir neste tema, afirmando apenas que irá seguir o que foi exigido.

“Isso não é questão da Conmebol, é do governo. Tudo o que foi exigido será cumprido, inclusive a questão de vacinação. Faltam 11 dias para o início, o Brasil quis realizar a competição. E se quis, é porque se sente em condições de realizar o evento e manter a segurança em relação aos protocolos”, afirma a entidade.

Em relação à impossibilidade de os jogadores da seleção brasileira serem vacinados no Brasil, em função da legislação do país em relação ao tema, a Conmebol afirma não ter ingerência. Mas deixa à disposição parte da cota de 50 mil doses de CoronaVac que lhe foram doadas.

“Isso é uma questão interna de cada país, de cada delegação. Vai ser encontrada uma forma para que todos estejam vacinados. Há países, por exemplo, que só se vacinam com um tipo de vacina, mas vamos fazer um plano em relação a isso. A Venezuela já se vacinou com as doses disponibilizadas pela Conmebol, outros clubes brasileiros também. As seleções, se quiserem, terão essa possibilidade, as vacinas foram direcionadas ao futebol sul-americano”.

Atendidas as exigências, a entidade se mostrou disposta a rebater algumas críticas, relacionadas com o fato de a competição no Brasil ser realizada em meio a uma fase muito difícil da pandemia, com uma média de mortes superior a 1.800 por dia no país.

Os argumentos contrários à realização realçam o risco de uma competição internacional deste porte, com a vinda de várias pessoas de outros países, aumentar o nível de contágio e até permitir o ingresso ou a saída de novas cepas do vírus.

A Conmebol argumenta que, em 2021, a entidade organizou 45 partidas no Brasil (Libertadores, Sul-Americana e Recopa) e nenhum membro de qualquer delegação, entre as 44 que foram visitantes nestes jogos, foi contaminado no país.

“Houve 99,3% de cumprimento em relação a essa questão de contágios. Um único senão foi no jogo do Independiente, na Bahia, quando a equipe ficou retida no aeroporto. Mas foi um senão que não teve a ver com protocolos da Conmebol, nenhum jogador saiu da Argentina contaminado. Foi uma decisão da autoridade local, do aeroporto, a de manter os jogadores no local”, relata a entidade.

A própria decisão de realizar a Copa América no Brasil ocorreu em um momento de tensão, em que foi convocada uma reunião às pressas após a decisão do governo da Argentina de não sediar a competição.

“O Conselho da Conmebol se reuniu em videoconferência e duas perguntas foram respondidas logo de início: vocês querem cancelar a competição ou ela deve ser realizada? Por unanimidade, a resposta foi pela realização. A outra pergunta foi: ela deve ser realizada no Brasil, que se dispôs? Novamente, por unanimidade, a resposta foi pela realização no Brasil”, destaca a entidade, ressaltando que participaram da votação, como sempre ocorre nestas reuniões, os 10 presidentes das associações de futebol e mais três representantes da Conmebol no Conselho da Fifa.

Nestes últimos dois dias, a entidade está trabalhando todas essas questões sanitárias, de organização e de protocolos, com as autoridades. Segundo a Conmebol, quem está coordenando todas as decisões, costurando o contato entre o poder público e a entidade é o Ministro da Casa Civl, Luiz Eduardo Ramos.

“Primeiro definimos as sedes. A partir de hoje, estamos nos reunindo com todas as autoridades sanitárias, secretários de saúde estaduais e municipais, para definirmos todos os protocolos a serem seguidos”, diz a Conmebol.

Segundo a CBF, toda a organização da competição está a cargo da Conmebol.

“O papel da CBF tem sido intermediar essa relação com o governo até que haja completa definição de sedes e estádios, o que está em finalização. Mas a organização da competição em si, protocolos, credenciamentos, logísticas, são da Conmebol que é a organizadora do evento. Como não há um Comitê Organizador Local, por conta do prazo muito curto, a Conmebol deverá fazer a organização a partir da sua estrutura mesmo”, informa a entidade brasileira.

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Fonte r7
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