Conheça a trajetória de Luisa Stefani, sensação do tênis brasileiro
Bronze nas duplas na Tóquio 2020, Luisa alcançou três finais do circuito da WTA após os Jogos Olímpicos
Sensação do tênis brasileiro, Luisa Stefani vive grande fase na carreira. Depois de conquistar a medalha de bronze nas duplas femininas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao lado da compatriota Laura Pigossi, a paulista de 24 anos chegou a três finais consecutivas em torneios no circuito da WTA.
Após a Olimpíada, Luisa formou dupla com a canadense Gabriela Dabrowski e juntas conquistaram um título, em Montreal, no Canadá, e foram vices no WTA 500 (Premier) de San Jose e no WTA 1000 de Cincinnati.
Os resultados após Tóquio colocaram a brasileira na 17ª posição nas duplas do ranking mundial, melhor colocação da carreira. Além disso, é a melhor tenista ranqueada do Brasil desde que o sistema da WTA foi inaugurado, em 1975.
Carreira no tênis
Luisa nasceu em São Paulo e começou a praticar o esporte aos 10 anos de idade, como uma brincadeira na quadra poliesportiva. Na época, ela praticava outros esportes como natação, futebol, vôlei e basquete.
Depois, quando sua mãe se interessou, a família toda se inscreveu numa academia de tênis, fazendo aula uma vez por semana. Luisa pegou o gosto pelo esporte e seguiu com o tênis. Aos 12 anos, ela participou do primeiro Torneio Paulista, em São Paulo. Em entrevista ao site “Revista Tênis”, em 2018, ela revelou que ganhou a primeira inscrição na Federação Paulista como presente de natal.
Aos 14 anos, ela se mudou para a Flórida, nos Estados Unidos, e disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis. Em 2015, chegou às semifinais de duplas do US Open. Luisa atingiu a 10ª posição do ranking juvenil da International Tennis Federation (ITF) e jogou na chave principal de um WTA, no Brasil Tennis Cup.
Entre 2015 e 2018, Luisa disputava o circuito universitário, mas também participava do circuito profissional da ITF, conquistando 10 títulos e chegando à cinco decisões de duplas no circuito.
Luisa fez seu primeiro ano integralmente como profissional em 2019, quando conquistou os títulos de duplas dos ITFs de Petit-Bourg, São Paulo, Curitiba e Ilkley. Na mesma modalidade, ela ainda atingiu a final de Cagnes-sur-Mer.
Ao lado da australiana Astra Sharma, Stefani participou pela primeira vez em chave principal de Grand Slam em Roland Garros. A dupla acabou derrotada na primeira rodada por Shelby Rogers e Monica Puig. No mesmo ano, com a compatriota Carol Meligeni, a paulista foi bronze nas duplas dos Jogos Pan-Americanos de Lima.
O primeiro ano como profissional foi muito bom para Luisa. Junto com a americana Hayley Carter, ela alcançou a primeira final de duplas na carreira, na WTA do Aberto da Coreia, em setembro. Uma semana depois, foi campeã no Tashkent Open. Os resultados levaram a brasileira ao top 100 pela primeira vez, ficando em 75º nas duplas.
A dupla formada pela brasileira e pela americana ainda chegou, em 2020, venceu o Oracle Challenger Series de Newport e o WTA de Lexingto. O resultado colocou Luisa no top 40 do ranking. Elas ainda chegaram às quartas de final no US Open, melhor resultado de uma duplista brasileira em 38 anos.
Stefani chegou à final do WTA 1000 pela primeira vez em Miami, em 2021. Ela anunciou que faria dupla com Dabrowski depois que Carter se lesionou em Wimbledon, no primeiro semestre.
Medalha de bronze na Tóquio 2020
No dia 31 de julho de 2021, Luisa Stefani e Laura Pigossi fizeram história no tênis brasileiro ao conquistar a primeira medalha do tênis brasileiro nos Jogos Olímpicos. As brasileiras, que foram convocadas de última hora para o torneio, buscaram uma virada em cima da dupla Elena Vesnina e Veronika Kudermetova e ficaram com o terceiro lugar do pódio no Japão.
Confira a campanha até o bronze olímpico:
2 a 0 contra Dabrowski e Fichman, do Canadá
2 a 1 contra Plíšková e Vondroušová, da República Tcheca
2 a 1 contra Mattek-Sands e Pegula, dos Estados Unidos
0 a 2 contra Bencic e Golubic, da Suíça
2 a 1 contra Kudermetova e Vesnina, do Comitê Olímpico Russo