Brasil termina Pan de Lima com recorde de medalhas e segundo lugar histórico
Chegou ao fim a edição de Jogos Pan-Americanos em que o Brasil teve seu desempenho mais brilhante. Em Lima, no Peru, a equipe brasileira bateu seu recorde de medalhas totais: foram 171, contra 157 obtidas no Rio-2007. A distribuição delas também melhorou. Com 55 ouros, a delegação superou ainda seu recorde de medalhas douradas: na edição carioca foram 52. Esses números ajudaram o país a terminar na segunda posição no quadro de medalhas, atrás apenas dos EUA, algo que não acontecia desde São Paulo-1963.
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Na edição de 2007, o Brasil teve delegação maior pois, por ser o país sede, tinha presença assegurada em todos os esportes, sem precisar passar por classificatórios. O evento realizado no Peru teve um esporte a mais em relação à edição carioca: 39 a 38. O número de provas, no entanto, foi maior: 417 a 332. Tudo isto foi obtido com uma delegação de 486 atletas, a menor desde Santo Domingo-2003, na República Dominicana.
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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) não tinha anunciado metas com relação ao número de medalhas ou posição no quadro de medalhas no período preparatório para a competição. Mas, durante a cerimônia de hasteamento da bandeira do Brasil na Vila Olímpica, o presidente do comitê, Paulo Wanderley, admitiu que haveria uma disputa com o Canadá pelo segundo lugar.
O Brasil pode comemorar também o aumento do número de modalidades em que foi ao pódio: desta vez, foram 41, contra 40 em 2007. A melhora no desempenho foi impulsionada pelo aproveitamento do país em competições individuais. Pela quarta vez seguida, a natação foi o esporte que mais conquistou medalhas para o país: 30, sendo 10 delas de ouro.
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O número total poderia ter sido maior se o Brasil não tivesse ficado fora de modalidades em que é tradicionalmente forte, principalmente nos esportes coletivos. E os motivos para ausência são bem diferentes. A seleção brasileira de futebol feminino, hegemônica na América do Sul, foi campeã da Copa América de 2018 e garantiu vaga nos Jogos Olímpicos de 2020. Assim, a vaga na competição pan-americana foi uma espécie de prêmio de consolação para as equipes que terminaram entre a terceira e a quinta posição.
No futebol masculino, o critério de seleção foi o Sul-Americano sub-20, no qual o Brasil terminou na sexta posição e não garantiu a vaga. A ausência do basquete masculino também teve contornos de vexame: a equipe ficou fora por não conseguir ficar entre as sete primeiras entre as 12 equipes que jogaram a Copa América de 2017.