Autuori define estrutura tática do Botafogo e traça meta no Brasileiro: ‘Fazer uma época tranquila’
Depois de mais de três meses parado, o Botafogo teve apenas uma semana de treinos para fazer três partidas num intervalo de sete dias no Campeonato Carioca. Longe de um cenário ideal, o técnico Paulo Autuori utilizou esse período para pavimentar uma ideia de jogo e revelou estar satisfeito com o que viu, na medida do possível.
O Botafogo busca reforços – Rafael Forster, Kalou, Victor Luis e Kevin são alguns nomes em negociação avançada -, mas a estrutura tática do jogo contra o Fluminense, no último domingo, deve ser a adotada pelo treinador nos jogos do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, previstos para a partir do mês de agosto.
– Aproveitei o Carioca para observar os jogadores e criar algumas variações táticas. Foi muito tempo sem jogar e pouco tempo de treino, logicamente que a equipe vai crescer em muitos aspectos. A estrutura da equipe que enfrentou o Fluminense deve ser a que vai iniciar o Brasileiro, mudando alguns nomes. Precisava deixar a equipe jogar o maior tempo possível para ter uma ideia clara. Sabe por que? Porque vamos ter 30 dias só treinando, sem jogo (risos) – afirmou Autuori ao “Canal do Nicola”.
Meta do Botafogo no Campeonato Brasileiro
Autuori vai além das funções de treinador e acredita que a meta do clube no Campeonato Brasileiro será fazer uma temporada tranquila, sem sustos, em meio à transição para a S.A.
– Sou muito pragmático nisso. O Botafogo tem que trabalhar para ganhar uma estabilidade desportiva, pavimentar um caminho para o seu futuro. Tem que fazer uma época tranquila. Tem que ter muita qualidade na sua vertente técnico-competitiva. Não é fácil conseguir isso com todas as dificuldades que o clube tem. Essa faixa etária entre 23 e 29 anos é onde os jogadores mais custam, entre transferência e salário. A grande maioria dos clubes não tem condições de investir como gostariam nessa faixa, da maturidade competitiva dos jogadores. Temos que correr atrás das oportunidades de negócio, o que tem sempre um risco. É uma temporada de transição de gestão. É pavimentar o caminho para que, quando a S.A. entrar, as coisas já estejam rodando – frisou.