Após título no Australian Open, Stefani e Matos vibram: ‘Momento especial’

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Após o título no Australian Open, Rafael Matos e Luisa Stefani eram só sorrisos e satisfação durante a coletiva. Primeira dupla 100% nacional a conquistar um Grand Slam, os brasileiros  vibraram com a conquista desta sexta-feira e ressaltaram a trajetória no torneio.

O gaúcho Rafael Matos, de 27 anos, fez questão de elogiar a parceira Stefani e agradecer o apoio da torcida brasileira.

– Jogar com outra brasileira, uma amiga de muito tempo, é muito especial. Recebi muitas mensagens de diversos brasileiros, de nossas famílias, amigos, foi muito especial esse momento para nós – destacou Matos, que lembrou do sonho de criança que acabara de se tornar realidade:

– Desde pequeno você sonha com momentos assim. Ver acontecer, se tornar realidade, é difícil de colocar em palavras. É muito gratificante, satisfação grande, dá um prazer, felicidade de olhar pra trás, em tudo que você trabalhou e sempre sonhou e teve como objetivo tornar realidade. Essas semanas aqui foram muito importantes. Estávamos bem focados nesse objetivo. Quando dá certo é sempre muito bom. Estou muito feliz com o resultado e o desempenho também – valorizou.

A paulistana Luisa Stefani, de 25 anos, além do feito inédito, também quebrou um longo jejum sem quem uma brasileira conquistasse um Slam. Desde Maria Esther Bueno, em 1968, uma mulher do país não atingia o topo do pódio nesta categoria do esporte. A tenista também agradeceu a torcida brasileira.

– É um momento incrível, um sonho realizado, especial dividir isso com o Rafa, nosso primeiro Grand Slam juntos. Fizemos história para o Brasil aqui na Austrália. Extremamente especial estar nesse momento. Muito feliz em dividir isso com nossa família, amigos, equipe aqui e em casa . Sentimos a energia e a torcida no Brasil e aqui em Melbourne, com vários torcendo por nós – agradeceu Stefani, que falou sobre o peso do título para o esporte no país e a América do Sul:

– Especial a gente poder fazer parte dessa história do tênis brasileiro e sul-americano. Quando mais a gente aparece e tem resultados assim, mais abrimos as portas para os próximos também. Trazer uma energia boa e conexão para as próximas gerações. Tem muita coisa boa vindo para o tênis brasileiro nas simples, nas duplas, no futuro. Pra mim uma das grandes motivações e inspirações também é saber que a gente pode fazer a diferença e seguir adiante com isso em mente também – destacou.

Veja outras respostas da dupla após o título

Matos, sobre o jogo:

– Começamos bem, uma quebra na frente, nervosismo estava grande , demos uma vacilada, não usamos tanto nossas armas e fizemos o jogo deles. Mas o game do 3/5 foi muito importante. A gente conseguiu manter a calma e a cabeça no lugar. Depois da quebra, ter mantido o saque no 5 a 5, depois conseguimos soltar nosso jogo e dominar do jeito que queríamos que funcionasse.

Stefani, sobre o momento da carreira: 

– É o meu melhor momento desde a lesão nas semis do US Open. É minha partida mais importante da carreira, tirando a Olimpíada. Foi um grande choque ter ficado fora por tanto tempo, mas ao mesmo tempo eu tentei usar esse tempo com inteligência o máximo que pudesse. Fiz a reabilitação, foi duro, mas aprendi muita coisa. Tive um bom trabalho mental com meu time, o que foi extremamente importante, meu técnico (Leonardo Azevedo), meu fisioterapeuta (Ricardo Takahashi). Ter o objetivo de voltar mais forte e curtir a parte quando estava fora do circuito. Estou sem dores e muito feliz.

Stefani, sobre a parceria com Matos:

– Em novembro, quando estava decidindo o calendário para o começo do ano, inclusive para uma parceria regular, mandei uma mensagem para Rafa. A United Cup era um novo evento, não sabíamos o que esperar. Quando as coisas foram rolando, conversamos de jogar aqui no Australian Open e a United Cup. Foi muito divertido, tivemos o ambiente do time todo, com torcida , com ótima energia. Algo que o capitão dizia era para usarmos a semana para trazer a energia pro ano todo também.