Aires revela diferencial da Turismo Nacional Pro: “Será uma migração natural”
Na terceira etapa da Turismo Nacional, que aconteceu em Interlagos, um dos destaques do fim de semana foi a categoria Pro, que teve sua primeira corrida da história. Nela, Mathias de Valle (Citroen C3) conquistou três troféus de primeiro lugar.
Em entrevista exclusiva ao F1MANIA, Fábio Aires, da organização da Turismo Nacional, contou um pouco sobre o início e a criação desta nova categoria, a Turismo Nacional Pro. “O projeto nasceu a partir de como podemos mudar o motor e que tivesse menos quebra, esse foi o principal motivo. Ficamos um ano estudando as possibilidades, motores e qual seria a melhor escolha. A gente chegou no motor junto com a Stock Tech, e desenvolveu aquele motor onde a gente não precisasse fazer tantas adaptações para ele ser durável, então o motor que de fato ele tem 180 cavalos, colocamos a injeção eletrônica e ele passa para 200 cavalos sem precisar fazer nenhum tipo de alteração mecânica dentro dele e sem trocar nenhum componente.
“O segundo passo foi trazer um prazer novo para o piloto, parar ele ter uma experiência nova. Aí veio a ideia do pedal shift. Os carros de corrida mais atuais têm o pedal shift, então é uma outra experiência de condução. Então, fomos novamente procurar e estudar e conseguimos desenvolver o câmbio que se adaptava ao nosso motor, e uma eletrônica que conseguisse ser durável também, e que trouxesse uma condução agradável para o piloto. Nessa eletrônica também tem uma inteligência para que não tenha erro de troca de marcha, para que não tenha danos ao motor e o cara possa vir e andar no fim de semana. Então ficamos com um novo conjunto, e que não caberia na categoria da Super, da Elite, da A e B porque é um produto diferenciado”, disse ele.
Aires também enfatiza em como a categoria traz um diferencial, e como será uma migração natural das outras divisões da Turismo para a Pro. “Então, alguns pilotos já migraram, arrisco a dizer que 90% do grid da Turismo hoje já testou o Turismo Pro, e eles querem trocar, mas pensam ‘já estou no campeonato, estou bem-posicionado’. Então na etapa de Interlagos tivemos 14 carros no grid da Pro, e Londrina, que é a próxima, teremos mais quatro carros. Agora será uma migração natural.”