4ª Etapa do Rally dos Sertões entra no Tocantins; areia aparece pela primeira vez na prova

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Nesta quarta-feira, 4, acontece a 4ª Etapa do Rally dos Sertões, maior rally das américas. Tocantins, o mais novo Estado brasileiro não é a única novidade do dia. A areia aparece pela primeira vez nesta especial e traz mais um desafio para os competidores.

Segundo o diretor de prova, Du Sachs apesar do cancelamento de uma etapa que poderia provocar uma reviravolta na disputa, tem muito por vir ainda. E avisa: “amanhã teremos uma especial bem traiçoeira”. O trecho cronometrado começa ao estilo WRC – piso rápido e sem buracos -; avança para uma parte sinuosa e técnica e, depois dos 60 km arenosos, traz estradões que proporcionarão altas velocidades, finalizando com piçarras. O que pode provocar mudanças na classificação, especialmente nos casos de motos e UTVs, em que as diferenças estão menores.

O Sertões começa a ganhar uma nova fisionomia com maior perspectiva de tempo bom e expectativa de especiais mais rápidas. Mais um desafio para Rubens Barrichello, em seu último dia na prova, com o Buggy Giaffone V8 da equipe RMattheis.

Anteontem, depois de uma das mais desafiadoras etapas da história do Sertões, os competidores ganharam um relativo descanso nessa terça-feira. A terça-feira na Bolha 3 foi de trabalho para os mecânicos – na maioria dos casos, menor do que se a Maratona tivesse sido disputada integralmente, mas ainda assim intenso. A ordem, além de tirar a lama acumulada da segunda-feira, foi checar e substituir componentes para que o equipamento dos competidores esteja à altura do que o Sertões reserva até sábado (7), quando chega em Barreirinhas (MA).

Descrição da 4ª etapa – 4/11 Quarta-feira.

DI 26 km: TE 329 km; DF 295 km = Total 650 km

Mantendo o nível da prova, um deslocamento pequeno de 26 km e um início de especial de velocidade. São 33 km no estilo WRC, curvas de alta e média velocidade. Na sequência entram trechos mais travados, muitos mata-burros, pontes, trechos sinuosos, algumas pedras, para então adentrar no trecho de areias. São cerca de 60 km de areia, bem prazeroso, mas com muita navegação, exigindo bastante do conjunto (piloto/navegador). Com um terço de prova, volta a ficar rápida. Um provável ponto abastecimento. Pequeno trecho de radar para travessia de uma cidade. A última parte é bem travada, com alguns trechos de trial, bem característico de cerrado e sertão. E muita beleza natural. Os 60 km finais são em um estradão de altíssima velocidade com curvas fantásticas, mas bem exigente com os competidores. Um verdadeiro teste de raça e coragem, finalizando com uma pequena mudança de piso, com piçarras, mas sem buracos ou erosões. Deslocamento final de 295 km, num total de 650 km no dia.

O que eles disseram

Ricardo Martins (líder das Motos)

“Foi uma pena o cancelamento da especial, eu me senti muito bem na moto ontem (segunda) e atacaria na segunda parte da Maratona para tentar ampliar a vantagem. Mas não depende da gente, são coisas do rally. Agora vamos para o Tocantins, e a prova começa a ficar diferente nas características. Serei mais uma vez o primeiro a largar e quero mais uma vez adotar um ritmo forte. Estou encarando a prova um dia de cada vez, para fazer as contas ao fim de cada etapa, sem pensar muito no que estão fazendo os adversários”.

Rodrigo Varela (líder dos UTVs)

“A expectativa para hoje era muito boa, nos programamos para vir forte e o carro completou a primeira parte da Maratona intacto. Conseguimos vencê-la mesmo com mais peso, já que optamos por carregar algumas peças extras para o caso de necessidade. Tudo indica que vamos entrar agora num Sertões mais parecido com o habitual: piso mais seco, areia, algo a que estamos bastante acostumados”.

Marcos Baumgart (Carros)

“Faz parte do rally (o cancelamento), o jogo é igual para todo mundo. Lógico que a gente sempre quer correr, mas há outros fatores envolvidos além da corrida, e a segurança tem que ser respeitada. É verdade que tínhamos um carro bom para a segunda parte da Maratona e tentaríamos reduzir a diferença para o Cristian, mas agora é olhar para a frente. Começa uma nova fase, com a areia, que é um piso que eu gosto e costumo me sair muito bem”.

Cristian Baumgart (líder dos Carros)

“Acredito que amanhã começaremos a aproveitar melhor o equipamento. A Hilux foi pensada para o Dakar, não para terrenos mais travados como os das primeiras etapas. Tem tudo para ser um dia bastante prazeroso. Ainda temos quatro dias de Sertões pela frente, é preciso ter foco do início ao fim. Os vencedores só serão conhecidos em Barreirinhas”.

Guiga Spinelli (Carros)

“A diferença que nos separa dos primeiros é grande, mas vamos manter nosso plano de andar forte, o rally ainda é longo e entra em um momento diferente. Com o que observamos dos dois primeiros dias conseguimos evoluir o acerto do carro para brigar pelas primeiras posições”.

Rubens Barrichello (Carros)

“Voltei à minha infância com a gente dormindo no acampamento na etapa Maratona, dormi uma noite maravilhosamente bem, o ambiente é incrível.”

Edgar Fabre (Diretor de prova)

“A prova foi cancelada porque não havia teto, principalmente para o helicóptero poder atravessar uma serra muito alta. Assim, não se consegue dar apoio aos competidores. Com isso, a Maratona terminou após a primeira perna”.

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Fonte conexaoto
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