‘Pode ser um alento cheio de esperanças’, diz Herson Capri sobre reprise de ‘Era Uma Vez’

Ator relembrou como foi gravar a trama de Walther Negrão e falou sobre como está lidando com o isolamento

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Paranaense de Ponta Grossa, o ator Herson Capri, de 69 anos, chamou atenção ao surgir na pele do poderoso sheik Aziz Abdallah, na novela “Órfãos da Terra” (2019), de Duca Rachid e Thelma Guedes. Mesmo não ficando até o final da trama, sua interpretação conquistou o público por possuir uma força dramática. Quem o viu nesse papel, vai se divertir em revê-lo em outro momento, um tanto diferente. A partir da segunda-feira, 4, começa a ser reprisada no Canal Viva o sucesso “Era Uma Vez”, com exibição às 12h30 e reapresentação na madrugada, à 1h15, de segunda a sexta-feira.

Exibido originalmente pela TV Globo em 1998, o folhetim foi escrito por Walther Negrão e teve direção de Jorge Fernando, Marcelo Travesso e Fabrício Mamberti. Com trama romântica, “Era Uma Vez” traz a história de Álvaro (Capri), viúvo com quatro filhos, que moram com ele em um sítio ao lado do avô, Pepe (Elias Gleizer). Ele precisa lidar com o sogro, o rico Xistus (Cláudio Marzo), dono de uma fábrica de chocolates, que contrata uma nova governanta para sua casa. Em breve tempo, Madalena (Drica Moraes) conquista a todos, principalmente as crianças e o pai delas, que já tem uma namorada, Bruna (Andrea Beltrão). E aí começa a ser traçada a trajetória dos personagens e suas ligações.

Confira a entrevista completa em que Herson Capri relembra momentos de “Era Uma Vez”:

Como foram as gravações? Algum momento ficou marcado para você? “Era Uma Vez” foi uma novela gostosa de fazer. Uma novela que traz a família e o afeto como eixos centrais. Tem um elenco com muitos talentos e uma reunião de pessoas incríveis como o querido Elias Gleiser, sempre alegre e brincalhão. Tem Andrea Beltrão e Drica Moraes, duas atrizes de alto nível além de pessoas muito especiais. Tinha Claudio Marzo, um grande ator e um ser humano generoso. E ainda Nair Belo, Diogo Vilela, Antonio Calloni, grande Yoná Magalhães, Flávio Migliaccio e as crianças, que trouxeram tanta alegria aos trabalhos. E mais um time de artistas e técnicos com quem dá vontade de trabalhar sempre. Eu faço um veterinário que cuida de cavalos de corridas, apaixonado pelos filhos e pela profissão. Nessa novela, precisei fazer várias cenas de treinamento de cavalos nas pistas de corridas. Foi emocionante.

Como é ver esse trabalho de volta à TV? Assistir à reprise de “Era Uma Vez” vai ser uma volta a um passado recente. Final do século 20. Final da década de 1990. Essa “volta ao passado” só é possível, com tanta nitidez e precisão, nas artes audiovisuais. O único problema é a gente se ver 22 anos mais jovem. A diferença é enorme (risos).

Por ser uma história de amor, acredita que se encaixa bem nesse momento de tanta insegurança e tão difícil pelo qual estamos passando? É um folhetim que pode trazer momentos leves e ajudar as pessoas esquecerem um pouco a situação? A novela é leve, suave, fala de amor e dos afetos em uma época sem Covid, quando a gente podia confraternizar e se abraçar sem medo. Acho que rever “Era Uma Vez” vai trazer a saudade de um tempo mais saudável e mais alegre. Pode ser um alento cheio de esperanças.

Como vê essas alternativas de reprisar novelas? As reprises são muito bem-vindas. Com elas, podemos acompanhar a evolução ou involução da qualidade das novelas e, portanto, da televisão brasileira. Rever colegas. Sentir os costumes e comportamentos da época. E as técnicas que estão constantemente em transformação. Só sinto falta de alguma boa tecnologia que faça com que as imagens antigas sejam melhoradas e conservadas. Como já existe no cinema.

Como tem lidado com a pandemia e o isolamento social? Tem aproveitado para fazer coisas que não tinha tempo? Estou em quarentena desde março passado. Estou praticamente isolado e só vejo a família. Saio só quando necessário, como ir a médico ou dentista. E só saio de casa com máscara, às vezes com duas máscaras, e sempre com álcool gel no bolso, que passo nas mãos e nos pulsos cada vez que toco em qualquer coisa. Estou me cuidando e cuidando para não ser transmissor. Aproveito o tempo para ler e pensar.

Você gosta de rever trabalhos antigos? Rever trabalhos antigos tem aspectos muito positivos. Já assisti à algumas cenas de reprises que, na época das gravações, eu não estava gostando do meu trabalho de ator, mas revendo passei a gostar do que eu tinha feito. Já me aconteceu também o contrário. Na época das gravações, eu me achar ótimo e depois, na reprise, detestar muito aquele meu trabalho. E assim a gente vai evoluindo. Então, a reprise pode ser uma revisão bastante positiva.

*Com informações da Agência Estado.

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Fonte jovempan
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