‘Indústria americana’ leva o Oscar de melhor documentário e derrota ‘Democracia em vertigem’
Produzido pelo casal Obama, filme vencedor mostra os contrastes entre a cultura americana e chinesa durante a abertura de uma fábrica em Ohio, nos EUA.
“Indústria americana” ganhou o Oscar de Melhor Documentário neste domingo. “Democracia em vertigem”, da diretora brasileira Petra Costa, era um dos indicados na categoria.
Produzido pelo casal Obama, “Indústria americana” mostra os contrastes entre a cultura americana e chinesa durante a abertura de uma fábrica em Ohio, nos Estados Unidos.
“Democracia em Vertigem” era considerado azarão. Na visão pessoal da diretora Petra Costa, o filme narra o processo de impeachment de Dilma e a crise política no Brasil.
A cineasta mineira de 36 anos já havia chamado a atenção com filmes premiados: “Elena”, de 2012 e “Olmo e a gaivota”, de 2014.
O casal americano Steven Bognar e Julia Reichert, já indicado ao Oscar, era o favorito na categoria.
No agradecimento, Reichert citou a frase “Workers of the world, unite!” (“trabalhadores do mundo, uni-vos”), um dos trechos mais famosos do “Manifesto comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels (1848).
Mais um quase do Brasil
Oficialmente, o Brasil nunca ganhou o Oscar. O país já foi quatro vezes indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua estrangeira (“Central do Brasil”, “O pagador de promessas”, “O quatrilho” e “O que é isso, companheiro?”) e uma vez a melhor animação (“O menino e o mundo”).
Já teve Brasil também em Melhor Curta (“Uma história de futebol”), Documentário (“Raoni”, “Lixo extraordinário” e “O Sal da Terra”) e canção original (“Real in Rio”, de Carlinhos Brown e Sérgio Mendes). “Cidade de Deus” teve quatro indicações, mas não levou.
“Orfeu Negro” venceu o Oscar de Filme Estrangeiro em 1950, mas foi inscrito pela França. Artista e figurinista, a australiana Luciana Arrighi nasceu no Rio, onde viveu até os dois anos. Ela venceu em 1993 com o prêmio de Melhor Direção de Arte por “Retorno a Howards End”.