Viviane Araujo, a rainha das rainhas, dá spoiler para Carnaval 2024: ‘Menos fantasia’
Nome aclamado e aguardado no Carnaval, Viviane Araujo fará sua performance como rainha de bateria em dose dupla.
À frente das baterias do Salgueiro, no Rio de Janeiro, e da Mancha Verde, em São Paulo, a atriz tem conquistado muitos elogios pelo físico e pela disposição durante os ensaios.
Viviane conta que o público pode esperar fantasias leves e nada volumosas. “Quero vir com menos fantasia neste ano, o menos possível (risos). Quero mesmo brincar e aproveitar, sem nada me atrapalhando”, diz em entrevista para Quem, mostrando o resultado completo do ensaio que fez para o fotógrafo Pino Gomes, após ter dado um spoiler das fotos nas redes sociais.
Aos 48 anos de idade e em faz com a silhueta para Carnaval 2024, a atriz afirma que reuniu uma equipe para conquistar o atual shape. “Secar o corpo não é tão fácil depois dos 30, depois dos 40 e, principalmente, depois da gravidez, ainda mais uma gravidez na minha idade. Tive meu filho aos 47 anos.”
Carinhosamente chamada de “rainha das rainhas”, Viviane afirma que consegue curtir o pré-Carnaval até mais do que os desfiles em si. “A gente pode curtir sem precisar estar toda montada, sem precisar de toda essa lacração”, diz.
Questionada sobre um conselho às novatas, Vivi é direta: “Você pode estar bem com shorts jeans, regatinha ou top e vai estar linda do mesmo jeito. Não tem que ficar apegada nisso de estar sempre muito montada. De que adianta colocar uma roupa que vai ficar linda, mas não funciona na hora de sambar? Prezo muito pela escolha de roupas que me permitam sambar”, diz ela, que optou por jeans e regatinha em um ensaio técnico na Sapucaí.
Atenta aos desfiles e torcendo para que as escolas evoluam bem na Avenida, a atriz admite que o dia da apresentação oficial é marcado por tensão, mas também por satisfação.
“É um momento muito esperado por mim. É quando eu me realizo como pessoa. Amo essa festa, amo o Carnaval e amo fazer o que eu faço. É um amor incondicional. Todo esforço vale a pena.”
Quem: “Rainha das rainhas”, “verdadeiro amor ao Carnaval” e “inovação nas fantasias” são expressões que costumam ser associadas a você. Consegue curtir a folia ou as preocupações tomam conta do pré-Carnaval?
Viviane Araujo: Para mim, a curtição do Carnaval é até maior antes dos dias de desfiles. Curto muito a preparação, os ensaios, a escolha do enredo e do samba. Já entro no clima desde outubro, quando acontece a escolha do samba.
O pré-Carnaval é o período em que eu me divirto e curto mais. O Carnaval em si, principalmente no dia de Avenida, é um momento em que há uma tensão. Claro que é mágico e único. É o momento mais aguardado, mas existe preocupação, cuidados… O dia do desfile tem um nervosismo, uma apreensão. E, claro, torço para poder voltar e aproveitar as campeãs.
Em um ensaio recente na Sapucaí, você mostrou que é possível fazer bonito de shorts jeans e regatinha. Foi uma dica para mostrar às novatas que os ensaios também são uma oportunidade de se divertir e não ficar apenas preocupada com ‘montação de figurino e close para fotos’?
Exatamente isso! Acho que a gente pode curtir sem precisar estar toda montada, sem precisar de toda essa lacração. Claro que há eventos em que é necessário dar uma caprichada, mas há outros em que não. Você pode estar bem com shorts jeans, regatinha ou top e vai estar linda do mesmo jeito.
O que importa é estar bem, estar feliz. Não tem que ficar apegada nisso de estar sempre muito montada. Ao usar um shorts jeans, acabo resgatando como era lá atrás, no meu início, quando ia sambar. É legal estar com uma roupa dessas. Você fica leve, confortável. De que adianta colocar uma roupa que vai ficar linda, mas não funciona na hora de sambar? Eu prezo muito pela escolha de roupas que me permitam sambar. Não pode atrapalhar.
Como tem cuidado do físico para o Carnaval 2024?
Muitas pessoas me ajudam. Para este corpo que vocês estão vendo agora, conto com minha treinadora Carol Vaz, a nutricionista Carol França, a dermatologista Cristiane Gonzaga, o médico ortomolecular Marcio Tannure, a massoterapeuta Amanda da Costa. Também coloco chip hormonal com a médica Carol Frota. É uma equipe grande.
Sente saudade da meninice em algum aspecto? Secar o corpo não é tão fácil como aos 20?
Secar o corpo não é tão fácil depois dos 30, depois dos 40 e, principalmente, depois da gravidez, ainda mais uma gravidez na minha idade. Tive meu filho aos 47 anos. Então, tudo vai ficando mais difícil. Por isso, tenho uma equipe para me dar esse suporte e me ajudar bastante.
No desfile, o que costuma ser mais pesado: o peso da responsabilidade ou o peso da fantasia?
Vou te falar sinceramente: o peso da fantasia eu aboli (risos). Há algum tempo, eu procuro vir com o que me deixa confortável e com um figurino que me possibilite samba e evoluir bem. É claro que pode rolar um incomodozinho ou outro. De repente, uma cabeça, um adereço… Você não fica livre completamente, afinal há uma fantasia, mas procuro prezar pelo conforto. Quanto menos peso, melhor. Este ano será desse jeito, mais leve.
E a responsabilidade?
A responsabilidade é o nosso comprometimento com a escola, com a bateria, em fazer o nosso melhor. Na verdade, a gente não tem a responsabilidade no sentido de quesito a ser avaliado. A gente não conta ponto, não recebe nota.
Nos apresentamos para, talvez, fazer um ‘boom’ no desfile e quem sabe trazer algo diferente, fazer uma paradinha que acaba gerando uma resposta do público. Acho muito importante o entrosamento entre a rainha e a bateria. A responsabilidade que sinto como integrante é que tudo aconteça bem.
Acredito que essa sua característica — pensar no desfile como um todo e não apenas sua performance à frente da bateria — é um dos motivos para te chamarem, carinhosamente, de “a rainha das rainhas”.
Eu sou parte da escola e me preocupo com o desfile geral. Fico preocupada com o tempo, com o carro alegórico, ver se entrou, se demorou para entrar, se as luzes (do carro) estão apagadas, se o casal de mestre-sala e porta-bandeira evolui bem na dança, quero que tudo corra bem com a comissão de frente… Eu fico muito atenta durante o desfile. Pode até não parecer, mas eu presto atenção em tudo.
O que já pode adiantar das fantasias que usará na Mancha e no Salgueiro?
Quero vir com menos fantasia possível neste ano, o menos possível (risos). Quero mesmo brincar e aproveitar, sem nada me atrapalhando. É isso que eu posso adiantar.
Imagino que ficar na ponte aérea no Carnaval seja cansativo. O que faz esse cansaço ser recompensado?
É cansativo desfilar no Rio e em São Paulo. Muitas vezes, ainda tem algum compromisso entre os dois desfiles. Mas tudo vale a pena. É um momento tão especial e só acontece uma vez por ano, um momento muito esperado por mim. É quando me realizo como pessoa, como mulher, como foliã e como ser humano. Amo essa festa, amo o Carnaval e amo fazer o que eu faço. É um amor incondicional. Todo esforço vale a pena.
Agradecimentos: Filipe Ferreira (make), Victor Mazzei (styling) e Debora Martinez (manager)