Mara Maravilha: “Minha vida é outra, renasci com meu filho”

Aos 53, apresentadora fala sobre o filho, Benjamim, exalta relação com Gabriel Torres, 20 anos mais novo, e comenta "polêmica com as loiras"

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Mara Maravilha, 53 anos de idade, vive uma fase de realização pessoal com a maternidade. Mãe de Benjamim, de 3 anos, da relação com Gabriel Torres, a apresentadora afirma que a adoção do menino transformou sua vida. “Me cobram por não mostrar o rostinho do Benjamim, mas é um direito não mostrar. A gente quer resguardar a infância dele. A adoção dele é toda legal. A gente não burlou nada na lei. Fui abordada por pessoas oferecendo crianças para mim. Sabiam que eu queria ser mãe, mas a gente ficou na fila da adoção”, afirma a apresentadora, confirmando a vontade de adotar mais uma criança.

A apresentadora, famosa desde a década de 1980 quando comandava programas infantis, afirma ser cobrada para voltar. “Amo a TV aberta e morro de saudade. É um desejo meu e me causa euforia maior. Afinal, eu tenho um público que vem falar: ‘Eu quero você na TV’ ou ‘Cadê você na TV?’”, diz ela, que é contratada pelo SBT, mas está fora do ar.

Além de ter apresentado programas infantis, de música de gospel e de entretenimento, Mara também é lembrada por ter roubado a cena em confinamento de reality show. “O reality diverte por ser vida real. E a vida real tem polêmica, como recentemente teve aquela minha polêmica com as loiras”, diz, referindo-se ao suposto atrito por não fazer parte do grupo de WhatsApp com XuxaAngélica e Eliana. Ao falar sobre as colegas, a apresentadora diz que nunca teve uma relação próxima com Angélica, mas reconhece que a colega não tem culpa na polêmica, uma vez que foi alvo de uma “trollagem” de Sabrina Sato.

Sobre Xuxa e Eliana, Mara afirma ter uma relação de “respeito e ética” com Eliana, mas não esconde chateação com Xuxa. “Ela vai ser sempre a rainha, mas sempre que participei de programas com ela, a audiência subiu. No ano passado, meu assessor ligou para a assessora dela para pedir uma live e aí tivemos uma recusa. Como assim? Acho que as coisas mudaram e não são mais como antigamente.”

O que mudou na sua vida desde que se tornou mãe?
Eu durmo feliz e acordo feliz. Ele é o maior presente que Deus me deu. Antes, no fim de semana, gostava de ficar em casa, lendo, quietinha. Agora, quero fazer tudo com ele. Durante a semana, trabalho, levo na escolinha… Minha vida é outra com a chegada dele. Renasci com meu filho. Minha vida agora é limpar cocozinho, dar banho, levar na escola, dar bronquinha, mas não bato. Ele é a resposta das minhas orações. O nome dele, Benjamim, no antigo testamento, simboliza a última tribo. E acho que a pandemia traz essa reflexão de “última tribo” e serve para ensinar uma nova oportunidade de escolhas às pessoas.

Mara Maravilha e o filho, Benjamim (Foto: Reprodução/Instagram)

Falando em pandemia, você e sua família tiveram Covid. Em algum momento bateu o desespero?
Eu me apego à fé para tudo. Primeiro, tive fé em não pegar o Covid. Depois, tive a fé em ser curada e fui curada. Sou muito sensibilizada pelas pessoas que pegaram, não tiveram cura, nem os recursos que eu tive. Tenho um plano de saúde, o que não é a realidade de muita gente. Fico muito sensibilizada com o que acontece no país. Mais do que nunca me apeguei a Deus. Deus é amor. Não o amor demagogo e, sim, o amor genuíno. Deus é amor, mas também é justiça.

Como mãe, você ressignificou o amor?
Como mãe, sou maravilha. O Gabriel, como pai, é extraordinário. Já penso em ampliar a família e dar uma irmãzinha ao Benjamim. Me cobram por não mostrar o rostinho do Benjamin, mas é um direito não mostrar. A gente quer resguardar a infância dele. A adoção dele é toda legal. A gente não burlou nada da lei. Fui abordada por pessoas oferecendo crianças para mim. Sabiam que eu queria ser mãe, mas a gente ficou na fila de adoção. O Benjamim tem todo o meu jeito.

Mara Maravilha com o noivo, Gabriel Torres, e o filho, Benjamim, de 3 anos (Foto: Reprodução/Instagram)

Algo mudou na sua relação com o Gabriel?
Temos uma relação sólida. Sou empoderada e bem-resolvida. Tudo bem ele ser 20 anos mais novo que eu. Ele me dá o que o dinheiro não compra. Ele me dá paz, segurança, confiança. Com ele, me sinto uma mulher amada Já estamos juntos há sete anos.

Você nunca se esquivou em falar sobre a idade?
Eu amo falar a minha idade. Sempre que digo que tenho 50, recebo elogios. Sou a favor de usar os recursos que temos a nosso favor. Vamos fazer pálpebra? Vamos! Porque por um tempo priorizei meu lado espiritual. Por 20 anos, priorizei o que tinha que ser priorizado, meu lado espiritual. Fiquei 20 anos nessa busca de Deus, mas deixei esse lado da aparência de stand-by. Nunca fiz plástica no nariz, minha boca não tem preenchimentos, mas estou lapidando a joia rara que Deus me fez. Eu cuido do meu visual com a dermatologista Juliana Cassoriello, o cirurgião plástico Livio Moreira, com quem fiz uma lipo, e a dentista Gabriela Barreto, com quem fiz uma lipo de papada. Ah, e também fiz bichectomia. Essa decisão veio depois que voltei a trabalhar na TV aberta, afinal trabalho com a imagem.

Tem alguma rede social que tenha mais afinidade? Ou que perceba uma maior interação com o público?
Acho que uma complementa a outra. Estou adorando reels. A resposta vem de uma forma muito rápido. As minhas redes sociais funcionam de um jeito orgânico e verdadeiro. Não compro seguidor. Não compro mesmo. Não tem nada a ver ter milhões de seguidores, mas comprados, vindos da Arábia Saudita. Comecei nas redes sociais há uns três anos e o retorno tem sido positivo. Além dos parceiros para publiposts, a gente se reinventa.

Mara Maravilha investe em lado influencer e nega crise com idade (Foto: Rafael Manole)

De que forma?
A cozinha, por exemplo, não é o meu forte, mas estou me arriscando na cozinha. Não tenho pretensão fazendo um programa de culinária, mas tenho clientes que são do ramo de alimentos, de suplementos… Também tenho clientes da área de cosméticos, de roupas, joias, para crianças. A minha gama é ampla.

A TV continua como um desejo seu?
Amo a TV aberta e morro de saudade. É um desejo meu e me causa euforia maior. Afinal, eu tenho um público que vem falar: “Eu quero você na TV” ou “Cadê você na TV?”. Estou com 53 anos e tenho um público predominantemente feminino, com mulheres acima dos 30 anos e com muita gente do Norte e Nordeste. Afinal, eu sou nordestina. Ainda neste semestre, voltaremos com a Live dos Pontinhos nas redes sociais. Eu e a Helen [Ganzarolli] estamos confirmadas. A Patricia [Abravanel] que vai apresentar.

E o Silvio Santos? Não vai se render às lives, mesmo que seja de pijama?
Ia ser maravilhoso. Imagina ele apresentando, da casa dele, de pijama? Você viu ele indo ser vacinado com os botões trocados? Estou morrendo de saudade do patrão. Se ele quiser trabalhar de pijama e pantufa, seria maravilhoso porque a saudade está apertando. O rei da alegria tem que aparecer.

Mara Maravilha diz que canta hits de sofrência antes de Marília Mendonça (Foto: Rafael Manole)

Falando em lives, você ampliou seu lado como influencer na quarentena, não?
Me tornei uma influencer digital. Venho de uma geração da TV aberta, que eu amo, mas a internet veio para expandir. Antes, só fazia posts e Stories, mas agora já faço Reels, TikTok. Estou me reinventando e estou na minha melhor fase. Também estou com a minha discografia nas melhores plataformas digitais. Minha discografia é muito rica. Tenho um grande acervo e será dividido em diferentes playlists. Tem a playlist romântica – afinal, eu sou da sofrência antes de Marília Mendonça e Maiara & Maraisa –, playlist infantil, pop, baianidades…

Bem eclética!
Tenho diferentes fases. A Mara da família, a Mara dos infantis, a Mara da música gospel e a Mara dos realities. Já comentei que sou como a Juliette, no sentido de “não é não, sim é sim”, mas também sou da turma do “se quer paz, amém; se quer guerra, me fala”, como a Jojo Todynho. Sei que aquele milhão da Fazenda [ela participou da oitava edição do programa, em 2015] era meu, mas não ganhei a edição, porém ganhei muito mais como pessoa. Aprendi a ser prudente como uma serpente e suave como uma ave. Acho que lá no confinamento, posso ter sido meio bobinha, agora não sou mais. Carrego um B comigo, mas meu B é de baiana, não é de boba (risos).

Encararia um novo confinamento?
Olha, pagando bem, que mal tem? Já fui sondada para a edição de A Fazenda no ano passado, mas estava envolvida com o Fofocalizando. Atualmente, sigo contratada do SBT e digo que não estou na geladeira, estou no formol (risos). Não quero desfazer da dramaturgia, mas o reality diverte por ser vida real. E a vida real tem polêmica, como recentemente teve aquela minha polêmica com as loiras.

E como é essa relação sua com as loiras – Xuxa, Angélica e Eliana?
Com Eliana, sempre tive uma relação ética, de respeito, admiração, sem nenhum deslize e até de amor. Temos uma relação de sororidade. A polêmica começou, na verdade, com a Sabrina Sato. Ela fez uma live com a Angélica e a pegou de surpresa dizendo: “A Mara está pedindo para entrar no grupo”. Nunca pedi.

Angélica, Xuxa e Mara Maravilha foram apresentadoras infantis de sucesso entre as décadas de 1980 e 1990 (Foto: Reprodução/Instagram)

A Sabrina foi quem causou?
A culpada foi a Sabrina (risos). Sabrina trollou a Angélica e eu nunca pedi isso. Ela que falou para Angélica que eu pedi para entrar no grupo. Eu nunca pedi. Afinal, eu sou a morena, né? (risos). Essa história geração, mas continuo sendo a morena que reina. Às vezes, sai na imprensa algo que você nem cogitou. Mágoa? Eu não. Estou feliz com um maridão de 32 anos, estou bem, com saúde, com um filho que me dá alegria. Vou ligar para grupinho de WhatsApp? Depois da confusão, cheguei a ir ao programa da Eliana – que é sempre muito respeitosa comigo e sempre valorizou minha história. Com a Eliana, eu consegui me resolver direto. Com a Xuxa, sempre tive uma relação de ir aos programas dela – na Globo, na Record, na Argentina. Ela vai ser sempre a rainha, mas sempre que participei de programas com ela, a audiência subiu. No ano passado, meu assessor ligou para a assessora dela para pedir uma live e aí tivemos uma recusa. Como assim? Eu sempre fui aos programas dela. Acho que as coisas mudaram e não são mais como antigamente. Ao dizer que a relação não é mais a mesma, não quer dizer que eu não tenha sentimentos bons.

Te chateou a recusa da Xuxa em fazer uma live com você?
Na verdade, eu não entendi. Eu já tinha ido em programas dela na Record e na Argentina. Então, nossa história é estritamente artística? Ah, então beleza. Cada uma sabe o que tem dentro de si. Continuo tendo o mesmo amor por ela, mas com uma visão diferente. E o estopim veio justamente na época em que eu e minha família estávamos com Covid. Não estava fazendo sensacionalismo em cima disso e aí veio um comentário do Junno [Andrade, cantor e namorado de Xuxa] em uma foto delas: “Esse, sim, é um grupo mara”.

Você sentiu uma ironia aí?
Sim, mas entenda: não fui eu quem começou. Ninguém é obrigado a andar com ninguém, mas também não cutuquem a onça com vara curta. Repito: se quer paz, amém; se quer guerra, me fala. As pessoas começaram a falar que o Junno foi inconveniente, que tirou com a cara da Mara, que a Mara estava sentida… Enquanto eu estava na minha. Esta é a primeira vez que estou desenrolando e contando a história em detalhes, desde a trollagem da Sabrina. Escrevei lá: “este grupo é mara e o Junno é mala”. Ado-ado-ado, cada um no seu quadrado. Pode ser rainha, mas uma hora tem que passar a coroa porque enferruja. Eu vou continuar sendo maravilha e sou a típica brasileira. Gosto muito das loiras, mas sou morena, graças a Deus.

Entre as três, Xuxa e Eliana sempre foram mais próximas de você que a Angélica, não?
Exato. Sempre. Já existiu muita polêmica, muita calúnia… Mas a Angélica sempre fez a egípcia. É o jeito dela e respeito. Mas digo que se ela virar primeira-dama, o papel de egípcia não cairá bem.

Mara Maravilha afirma vive fase de realização (Foto: Rafael Manole)
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Fonte revistaquem
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