Lucas Chumbo fala sobre resgates no RS: ‘Uma das experiências mais sinistras que já vivi’
Junto com Pedro Scooby e outros surfistas, Lucas Chumbo desempenhou um papel importante diante da tragédia no RS. O atleta retornou ao Rio de Janeiro há uma semana e falou à Quem nesta segunda-feira (20) como foi atuar como voluntário no Estado duramente afetado pelas enchentes.
“Quando fiquei sabendo da tragédia e de todo o suporte que estavam precisando, me mobilizei e me juntei com o Scooby e nossas equipes para usar a nossa experiência com ondas gigantes para, dessa vez, salvar vidas. Diante todo o desastre que nós vimos acontecendo, me conectei com toda a minha equipe e todos abraçaram a causa”, declarou o ex-BBB.
Em meio a comentários maldosos de que algumas celebridades queriam se promover com a tragédia, Chumbo destacou que todos os voluntários trabalharam de coração. “Trouxemos a nossa experiência para ajudar da melhor forma possível e atuar no resgate de milhares de pessoas que estavam em risco. Nós viemos do Rio de Janeiro com um coração cheio de amor para dar e vontade de ajudar”, comentou.
Experiência marcante
O surfista foi para o Sul do país com a missão de salvar vidas e fez questão de atuar nas operações focadas no resgate de pessoas e animais.
“Fico arrepiado de falar, porque foi uma movimentação linda de se ver, e eu sabia que todo mundo que vive o surf e tem um coração de surfista estaria disposto a ajudar nesse momento. Foi uma tristeza gigantesca ver um desastre desse tamanho, mas cada família, cada vida que eu e a minha equipe salvamos, foi tão gratificante. Foi espetacular. Esse sentimento, de certa forma, nos dá um gancho para a vida de novo”, afirmou.
No entanto, encarar de perto a triste realidade do Rio Grande do Sul não foi algo fácil e deixou marcas em Chumbo. “Nós estávamos baqueados, olhando as casas, todo o desastre e tudo o que as famílias perderam, mas cada pessoa salva se tornou um gás para irmos atrás de salvar as próximas. Era uma energia a mais, uma felicidade a mais. Foi uma das experiências mais sinistras que eu já vivi na minha vida, uma das coisas mais tristes que eu já vi. Eu já vivi uma enchente no Taiti, mas nunca parecido com o que vi aqui”.
Corrente do bem
Além de atuar como voluntário, o surfista também lançou uma campanha de arrecadação de doações para enviar às pessoas que perderam tudo nas enchentes. O atleta não sabe dizer um número exato de coisas arrecadadas, mas contou à Quem que já saíram 11 caminhões do Rio de Janeiro lotados de doações com destino ao Rio Grande do Sul.
“Com o tamanho do desastre que está acontecendo, sabíamos que deveríamos ajudar de outras formas além do resgate. Não será uma coisa fácil a ser superada, são meses de reconstrução para um Estado inteiro, milhares de famílias. Nesse momento, todos que quiserem doar, além da alimentação e da água, é importante focar também nos mantimentos – colchão, cobertor, roupas, casacos. Já está muito frio no Rio Grande do Sul e a previsão também aponta mais chuvas e ventos, então agasalhos é uma ótima doação”, sugeriu.