Antes de morrer, MC Kevin revelou que esposa não aprovava amizades
Ela falou no velório que amigos do funkeiro eram interesseiros e influenciavam o cantor a fazer o que era errado
Em 19 de março, dias antes de sua morte, o funkeiro MC Kevin deu uma entrevista a um youtuber e falou sobre o seu relacionamento com a advogada criminalista, Deolane Bezerra. Ele detalhou a reconciliação dos dois e revelou que seus amigos traziam muitos problemas para o casal, uma vez que Deolane não aprovava certas companhias do funkeiro.
E foram exatamente essas amizades, que sua esposa não gostava, que estavam no quarto 502, do hotel onde estavam hospedados na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e presenciaram quando Kevin caiu da varanda. Segundo informações preliminares, eles se reuniram ali para ter relações com uma garota de programa.
De acordo com depoimentos, o cantor teria pensado que sua esposa entraria no quarto e descobriria a traição. Por isso, tentou pular para a varanda do quarto debaixo, mas, ao passar o corpo pelo parapeito, escorregou e despencou do quinto andar.
No velório, na manhã de terça-feira, Deolane, que tinha casado com Kevin há cerca de duas semanas, falou sobre escolhas e consequências. “Isso aqui é coisa de falso amigo. Eu cansei de falar para o Kevin tomar cuidado, abrir o olho. Ele tinha muito amigo falso, sanguessuga. Isso aqui – a morte dele – é amizade? Cansei de falar para o Kevin que tudo tem consequência na vida. Nós não somos obrigados a tolerar gente sanguessuga do nosso lado.”
A mãe dele também falou sobre as más influências na vida do filho. “A única coisa certa nessa história é que perdi meu filho. Sempre falei ‘olha essas amizades, filho’. E hoje eu choro, só isso, sem chão. E a pergunta que fica é: por que, o que aconteceu? Só sei que você me deixou, meu filho. Kevin Nascimento Bueno”, escreveu Valquiria Nascimento em sua rede social.
Escolhas x Consequências
Gosto muito de uma frase que diz: “Não se misture com quem você não seria” (autor desconhecido).
As pessoas não deveriam mesmo se misturar com outras que não são compatíveis com suas verdades e visões de mundo, que não respeitam seus posicionamentos, que desconhecem limites entre humor e ofensa, que não se importam.
Principalmente os adultos. Eles não precisariam depender da aprovação dos outros, se importar com a opinião alheia ou ter necessidade extrema de serem aceitos.
Mas, isso acontece e com muita frequência. E, nessa tentativa desenfreada de agradar a todos, muitas consequências surgem.
Por isso, o psicólogo Alexander Bez reforça a importância de saber escolher muito bem as companhias. “Elas são cruciais para determinar que tipo de conduta a gente vai ter na vida. O vício por exemplo, pode levar a comportamentos compulsivos e obsessivos, como era o caso do MC Kevin, e amizades ruins só contribuem para a pessoa permanecer no erro. Além disso, é necessário o afastamento daquelas amizades que levam a comportamentos errados. Porque elas podem, sim, empurrar uma pessoa para o buraco, ou seja, podem influenciar de várias maneiras negativas.”
Nadando contra a maré
É importante lembrar que se o poder de decisão é da própria pessoa, os frutos serão apenas dela, e não dos outros. Dessa forma, a justificativa de que “todo mundo faz” para agir errado, deixando de lado prioridades e valores, é uma furada enorme.
São as escolhas individuais que determinam os acontecimentos. Então, para evitar resultados desastrosos e que trazem infelicidade, o melhor caminho é decidir fazer o que é correto, independentemente se os outros estão, ou não, fazendo. E isso envolve andar “na contramão do mundo”, porque a sociedade, de forma geral, declara, todos os dias, que o errado é certo.
Quem quer ser feliz de verdade precisa aprender a “nadar contra a maré”, a ser firme e posicionado, mesmo que isso implique em “perdas”.
Por isso, existe o livre-arbítrio, onde a pessoa pode escolher o lado que vai seguir. Feito isso, tudo o que acontecerá durante a vida será resultado dessa decisão.