“A única coisa que amo mais que o trabalho é a mim mesma”, diz Luísa Sonza, capa da Glamour de setembro
Lei um trecho da nossa entrevista com a cantora e anote na agenda: a revista chega nas bancas no dia 02.09!
Intensidade. Essa seria nossa escolha se, por algum motivo, sei lá, fôssemos obrigadas a definir Luísa Sonza em uma única palavra. In-ten-si-da-de. Cinco sílabas. Substantivo feminino. Aquilo que caracteriza o que é intenso, que tem grande proporção. A escolha não seria à toa. Ela é abundante na forma de viver, defende com unhas e dentes o que pensa, exibe o corpo com audácia e se entrega ao trabalho sem medo de errar. “É melhor fazer e passar vergonha do que não tentar e não ter nada”, diz, com a segurança de ser uma mulher madura aos, pasmem, 21 anos.
Filha de agricultores, Luísa nasceu em Tuparendi, interior do Rio Grande do Sul. Aos 7, após ser descoberta por um produtor da cidade, virou vocalista de uma banda local. Foram dez anos cantando em feiras, casamentos, missas e festas até apostar as fichas, em 2016, em um canal de voz e violão no YouTube. Bah, guria, deu certo! Luísa estourou na web e virou a “rainha dos covers”. “Claro que muita gente riu de mim. De fato, meus vídeos de ‘Despacito’ e ‘Paradinha’ não eram o melhor conteúdo da internet, mas foram os views deles que me deram reconhecimento.”
O resto da história muita gente conhece: ela foi de vencedora da categoria Melhor Cover da Web, no Prêmio Multishow em 2017, para Cantora Revelação, no Prêmio Geração Glamour 2019. Também fez Carnaval em Salvador (BA) com Ivete Sangalo, ganhou elogio ao vivo do Faustão, cantou as trilhas sonoras da novela O Sétimo Guardião, da Rede Globo, e do filme WiFi Ralph: Quebrando a Internet, da Disney, se casou com o humorista Whindersson Nunes, em fevereiro de 2018… Agora, se prepara para rodar o Brasil com a turnê de Pandora, seu álbum de estreia no mainstream. E que estreia! Logo no primeiro dia, 14 de junho, todas as oito canções entraram no top 150 global do Spotify. “Meu amor pelo trabalho é enorme. A única coisa que amo mais do que ele é a mim mesma”, dispara. “Sou feliz no meu trabalho. Se não tem trabalho no dia, surto! Falo que a vida acabou, brinco que anada faz sentido [risos].”
Apesar do jeito workaholic e da presença assídua nas redes sociais (são 14 milhões de seguidores no Instagram e 755 mil no Twitter), Luísa largou o celular e não olhou uma vez sequer para a tela (ok, só para diminuir o volume da playlist de funk que tocava no momento) durante a conversa que você lê aqui. Como boa representante da Geração Z, a dos nascidos entre 1995 e 2010, sabe da importância de desconectar. “Jornalistas sempre me questionam como eu sobreviveria sem a internet. Respondo que seria uma bênção. Acho que, só assim, conseguiria dar uma pausa no trabalho.”