Vendas no varejo crescem 1,02% em janeiro na comparação anual, mostra índice Stone Varejo
Novo indicador aponta para uma recuperação, após quedas de 1,84% e de 1,02% verificadas em novembro e dezembro
O volume de vendas no varejo cresceu 1,02% em janeiro de 2023 ante o mesmo mês de 2022, mostrando uma recuperação após quedas de 1,84% e de 1,02% verificadas em novembro e dezembro, respectivamente. Os números são do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, um indicador criado recentemente pela empresa de meios de pagamento.
A primeira edição do indicador mostrou que todos os segmentos analisados, exceto artigos farmacêuticos e o subsetor de hipermercados e supermercados, apresentaram boa performance no primeiro mês do ano. Os principais destaque de alta em janeiro foram os setores de livros e papelaria e o de tecidos, vestuário e calçados.
Em termos regionais, os destaques de alta em comparação a janeiro do ano passado, foram Espírito Santo, Pará, Paraíba, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Piauí e Bahia. Já os estados que registraram queda mais pronunciada foram Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Sergipe e Rio de Janeiro.
O desempenho positivo foi ainda mais forte no mês quando são é observado apenas o varejo restrito, que exclui os segmentos de material de construção, combustíveis e veículos e peças. Nesse recorte, o crescimento foi de 3,34% no volume de vendas em comparação a janeiro de 2022, e também superior a dezembro e novembro, que registraram crescimento de 1,46% e 1,45%, respectivamente, em relação aos mesmos meses de 2021.
Essa melhora também é percebida na análise mês a mês: em janeiro houve um crescimento de 1,24% em relação a dezembro de 2022, sendo que o crescimento de dezembro em relação a novembro havia sido de 0,97% e o de novembro em relação a outubro, 0,78%. Essa evolução confirma um janeiro com melhora na atividade econômica do varejo, informa Stone.
Segundo a pesquisa, o segmentos de produtos alimentícios e bebidas (que contém o subsetor de hipermercados e supermercados) avançou 2,49% em janeiro em termos anuais, menos dos que os 3,62 de alta verificados em novembro e os 2,72% de dezembro.
Na comparação mês a mês, o setor também apresentou leve piora, com queda de 0,12% em janeiro em relação a dezembro, após uma retração de 0,09% em dezembro ante novembro e um crescimento de apenas 0,08% em novembro ante outubro.
Vestuário e calçados
Já o setor de tecidos, vestuário e calçados, foi um destaque positivo em janeiro, revertendo a forte tendência de queda que vinha apresentando. O setor registrou alta de 10,36% no volume de vendas no primeiro mês de 2023, ante o mesmo mês em 2022, depois de ter apresentado queda de 5,14% e 2,87% em novembro e dezembro de 2022 em relação ao mesmo período de 2021.
Na comparação mensal, foi registrado aumento de 7,86% na atividade de janeiro em relação a dezembro, após aumento de apenas 0,94% em dezembro e queda de 2,83% em novembro.
Material de construção
O setor de material de construção teve movimento semelhante ao de vestuário, um aumento de atividade econômica após sucessivos períodos de queda. O segmento registrou alta do volume de vendas de 3,50% em janeiro após queda de 3,9% e 1,98% em novembro e dezembro de 2022, respectivamente, ambas em relação aos mesmos meses do ano anterior.
Na análise mês a mês, houve alta de 1,48% em dezembro, que saltou para 3,9% em janeiro de 2023.
Móveis e eletrodomésticos
O setor de móveis e eletrodomésticos também contribuiu para o resultado positivo de janeiro, apresentando crescimento de 5,6% em 2023 frente ao mesmo mês de 2022, resultado ainda melhor que os já identificados em dezembro (4,83%) e novembro (0,88%).
No entanto, a variação mensal mostrou uma queda de 1,53% em janeiro com relação a dezembro o que é explicado por um final de ano forte para o setor, que apresentou um crescimento mensal de 6,32% no comparativo entre novembro e dezembro.
Hiper e supermercados
Dentro do setor de alimentos e bebidas, a subdivisão hipermercados e supermercados apresentou queda de 4,86% em janeiro, reforçando a tendência negativa de novembro (-1,08%) e dezembro (-2,84%), na comparação anual.
Na comparação mensal, janeiro registrou queda de 0,12% em relação a dezembro, que já havia apresentado redução de 0,09% em relação a novembro.
Farmacêuticos
A mesma tendência prévia de desaceleração aprofundada em janeiro de 2023 foi identificada no setor de artigos farmacêuticos. Apesar de não apresentar uma queda em dezembro de 2022 em relação ao mesmo mês de 2021, o segmento saiu de um crescimento de 5,81% em novembro, na comparação anual, para apenas 0,15% em dezembro, o que culminou em uma queda bastante representativa de 10,43% em janeiro.
Na comparação mensal, a queda na atividade já havia sido registrada em dezembro (2,15%), com leve aumento em janeiro (2,21%).
Papelaria
Já o setor de livros, jornais, revistas e papelaria foi um dos responsáveis pelos resultados positivos do índice final de janeiro na comparação anual. Puxado pelo retorno do calendário normalizado de volta às aulas após a pandemia, o segmento registrou uma forte alta de 16,51% no volume de vendas em relação a janeiro de 2022, em comparação com um crescimento de 4,27% em dezembro e uma queda de 0,49% em novembro