Moedas globais: dólar recua com decisões de BCs
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu hoje, com o euro apoiado pela perspectiva de aperto monetário pelo Banco Central Europeu (BCE). Além disso, investidores se posicionavam para o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que sai nesta sexta-feira, e para decisões de política monetária na próxima semana do BCE, do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 136,65 ienes, o euro avançava a US$ 1,0558 e a libra tinha alta a US$ 1,2239. O índice DXY registrou baixa de 0,31%, a 104,774 pontos. A Oanda afirmou que o dólar perdia fôlego antes do dado do PPI. Também nesta sexta-feira, a Universidade de Michigan publica pesquisa com expectativas para a inflação nos EUA.
A Convera, por sua vez, via a moeda americana e seus principais pares oscilando pouco, antes do PPI e das decisões de juros da próxima semana.
O euro oscilava em uma faixa “estreita”, segundo ela. A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou hoje que o ambiente instável traz riscos para a estabilidade financeira da Europa. Além disso, ela lembrou do aperto monetário em andamento, a fim de controlar a alta inflação, levando-a novamente à meta de 2%.
As expectativas de inflação têm avançado na zona do euro, como mostrou pesquisa publicada hoje pelo próprio BCE. Na avaliação do ING, aumenta o risco de que o BCE eleve os juros em 75 pontos-base (pb) na próxima semana.
A Capital Economics diz que essa possibilidade existe, mas vê alta de 50 pb como mais provável, e espera que o conselho do BCE diga que começará a reduzir seu balanço no primeiro semestre do próximo ano, “mas em um ritmo muito lento”. Para o BoE, a Capital também acredita em elevação de 50 pb nos juros na próxima semana, com o pico do ciclo de aperto mais próximo.
Já o Danske Bank vê como mais provável uma alta de 50 pb pelo Fed na próxima semana, porém com mais elevações nos juros no próximo ano, chegando ao fim do ciclo de aperto nos EUA em março, em uma faixa de 5,00% a 5,25%.