Guedes pede congelamento de preços nos supermercados até 2023
Ministro da Economia reforçou pedido de Jair Bolsonaro e disse que vale para toda a cadeia de abastecimento do Brasil
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta 5ª feira (9.jun.2022) para que empresários da cadeia de abastecimento alimentar deem “um freio na alta de preços” para segurar a inflação do país. Falou para que uma nova tabela de valores seja atualizada só em 2023.
A declaração foi feita em evento da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Guedes dividiam painel virtual no “2° Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento”.
O presidente já havia pedido para que os supermercados reduzissem as margens de lucros com produtos da cesta básica. A inflação do país chegou a 11,73% no acumulado de 12 meses até maio. Desacelerou em relação a abril e Guedes comemorou o resultado.
“Eu encerro reforçando o pedido, que é o seguinte: agora é hora de dar um freio nessa alta de preços. É voluntário, é para o bem do Brasil. Da mesma forma que os governadores têm que colocar a mão no bolso e ajudar o Brasil, o empresariado brasileiro tem que entender o seguinte: devagar agora um pouco porque a gente tem que quebrar essa cadeia inflacionária”, declarou Guedes.
Segundo o ministro, o país será o 1º a sair da crise inflacionária mundial. Guedes afirmou, porém, que sabe que a margem de lucro dos supermercados está estreita, mas que o pedido vale para toda a cadeia produtiva. “A conversa é a seguinte: ICMS, IPI, nós reduzimos, então ao longo da cadeia, trégua”, disse. “Nova tabela de preços só em 2023. Trava os preços. Vamos parar de aumentar os preços por 2 ou 3 meses. Estamos em uma hora decisiva para o Brasil”, completou.