Favorito para Fazenda, Haddad defende ‘neutralidade fiscal’ após encontrar Guedes
Ex-prefeito de São Paulo encontrou-se mais cedo com o atual ministro da Economia, Paulo Guedes.
Favorito para assumir o Ministério da Fazenda, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) defendeu na manhã desta quinta-feira (8) o conceito de neutralidade fiscal na transição de governo. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva convocou para a manhã de sexta-feira (9) o anúncio de alguns ministros de seu governo.
De acordo com agências de notícias, o nome de Haddad estaria entre os que devem ser anunciados.
Mais cedo, ele encontrou o atual ministro da Economia, Paulo Guedes para falar sobre a transição de governo. O Ministério da Economia deve ser desmembrado em três: Fazenda, Planejamento e Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
‘Plano geral de voo’
Segundo Haddad afirmou mais cedo à imprensa, o que se procurou passar na transição é conceito de neutralidade fiscal.
“Ou seja, a despesa em proporção ao PIB de 2023 não pode ser menor que a despesa em proporção ao PIB de 2022, para que não chegue em dezembro do ano que vem com problemas de dezembro deste ano”, afirmou o ex-ministro da Educação após reunião com Guedes.
Haddad afirmou ainda que a reunião com Guedes tratou de um “plano geral de voo“. “Falamos sobre muitos assuntos importantes”, disse o ex-prefeito.
Reforma tributária e novo arcabouço fiscal
Frente à expectativa de ser confirmado na Fazenda, Haddad voltou a defender a reforma tributária e a construção de um novo arcabouço fiscal no país, mas sem detalhar a melhor fórmula para a âncora.
Impasses no Orçamento
O ex-prefeito paulistano ainda afirmou que o maior mérito da aprovação da PEC da transição na quarta-feira no Senado é ter uma solução política para os impasses no Orçamento, que serão tratados na semana que vem entre ele e os secretários do Ministério da Economia para evitar descontinuidade de programas sociais.
De acordo com Haddad, o PT está em diálogo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com lideranças da Casa para garantir aprovação da PEC por lá também. “Queremos recuperar uma visão mais institucional do processo político, diminuir tensão entre poderes”, afirmou. “Estamos dialogando com o Congresso, que é parte da solução.”
*Com Estadão Conteúdo