Descubra por que a renda fixa americana pode ser uma oportunidade de investimento segura
Imagine que você está na praia e quer chegar numa ilha. Não há pontes, é preciso escolher entre pagar por um transporte seguro de barco ou ir nadando, gratuitamente. O mar está revolto e tem alguns perigos (digamos, águas-vivas). Mesmo na opção mais arriscada, a chance de chegar do outro lado é grande – com paciência, tempo e cuidado.
Para economizar, algumas pessoas podem optar por nadar até a ilha. Mas e se essa alternativa passasse a ser cobrada também? Provavelmente o preço teria de ser bem mais baixo que o do barco para que alguém ainda cogitasse essa opção, certo?
No mercado financeiro, estamos vivendo uma situação em que o “barco” está saindo muito barato se comparado à “natação”. Deixando de lado a metáfora: a renda fixa norte-americana (um barco considerado altamente seguro para navegar as águas turbulentas do mercado) tem deixado pouco espaço para que investidores considerem ativos mais arriscados na composição do portfólio.
Há não muito tempo atrás, os títulos do tesouro americano (treasuries) de curto prazo não remuneravam o investidor: taxa era zero, ou muito próxima disso. Os juros de longo prazo giravam em torno de 2%, o que significava um retorno real (descontando a inflação) negativo para investir nos títulos considerados os mais seguros do mundo.
Atualmente, o rendimento dos Treasuries está em torno de 5% ao ano, e as projeções indicam que as taxas devem permanecer acima da inflação por mais tempo, mesmo quando a meta de 2% para o índice de preços for atingida. Além disso, como as emissões de renda fixa americana normalmente são prefixadas, quando o movimento de cortes de juros começar a acontecer, a tendência pode ser de valorização para quem investiu nas máximas em títulos de prazos mais alongados.
E a boa notícia é que, se até pouco tempo atrás investir em treasuries era complexo e limitado, atualmente o acesso a esses títulos atualmente é muito simples. Contas digitais hoje dão acesso aos mercados globais para qualquer brasileiro, e instrumentos como ETFs que oferecem exposição a esses ativos com mínimos de entrada baixos e carteiras diversificadas.
Para você, que investe, isso significa a possibilidade de ter uma parte do seu patrimônio atravessando a correnteza tranquilamente dentro de um barco construído com dólares e o menor risco de crédito do mundo, mesmo se optar por distribuir o restante do seu dinheiro entre ativos mais voláteis, de acordo com o seu perfil.