Correios aumentam em 6,34% o preço de Sedex e PAC
Reajuste é mais que o dobro da inflação nos últimos 12 meses; preços dos serviços de encomenda já haviam subido 8% em fevereiro
O preço dos serviços de encomendas dos Correios – Sedex e PAC – tiveram reajuste de 6,34%, informou a empresa nesta quarta-feira, 16. O aumento acontece cerca de um mês antes da Black Friday, quando o serviço de envio de encomendas aumenta por conta das compras online.
O aumento, em vigor desde segunda-feira, é de mais que o dobro da inflação acumulada nos últimos 12 meses (2,89%). Segundo os Correios, a “atualização dos preços ocorre para equilibrar o impacto dos custos na prestação dos serviços.”
O novo reajuste vale para para os serviços Sedex (Sedex Hoje, Sedex 10 e Sedex 12) e PAC. “A tabela de serviços de Encomendas para postagens do varejo, ou seja, pessoa física, foi reajustada com uma média ponderada de 6,34%. O índice é uma média nacional, que varia de acordo com o tipo de postagem, origem e destino. A atualização dos preços ocorre para equilibrar o impacto dos custos na prestação dos serviços. Destacamos que esse reajuste não se aplica aos clientes que possuem contratos com os Correios”, informou a estatal, em nota.
Este é o segundo reajuste do ano. Em fevereiro, os Correios já tinham anunciado aumento de 8,03% nos serviços de encomendas.
Privatização
Os Correios entraram na lista do programa Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI), para privatização de estatais. O decreto com a inclusão da empresa foi publicado nesta quarta-feira, 16, no Diário Oficial da União. Com a confirmação presidencial, estudos públicos serão realizados para encaminhar a privatização das duas estatais. A venda de ambas requer aval da Câmara e do Senado.
Em nota enviada a VEJA, os Correios declaram que “cabe esclarecer que, tanto a Resolução nº 68 quanto o Decreto nº 10.066, publicado nesta quarta-feira (16), qualificam os Correios para o Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI). Ou seja, estudos ainda estão sendo realizados com o objetivo de avaliar alternativas de parceria com a iniciativa privada. Essa medida não tem relação com a inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND)”.