BNDES toma decisão que afeta vida financeira de quem tem empréstimo
Mais uma medida para driblar a crise gerada pelo coronavírus. Nesse domingo (22), o BNDES anunciou que irá suspender a cobrança de empréstimos pelos próximos 6 meses. Segundo a administração da instituição, a iniciativa tem como objetivo reforçar o caixa de pequenas e grandes empresas, de modo que as mesmas consigam ter capital para manter-se no mercado.
A ação deverá atender negócios ligados à área de Petróleo e Gás, Aeroportos, Portos, Energia, Transporte, Mobilidade Urbana, Saúde, Indústria e Comércio e Serviços. Ao todo, serão investidos aproximadamente R$ 30 bilhões, sendo R$ 19 bilhões para as operações diretas e R$ 11 bilhões para indiretas.
Ao anunciar a medida, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que ela faz parte de um pacote de injeção de R$ 55 bilhões para manter a economia nacional. E disse que os recursos serão custeados por meio da venda, no valor de R$ R$ 22 bilhões, de ações da Petrobras, em leilão realizado no dia 5 de fevereiro.
Além disso, as decisões vem sendo tomadas em parceria com o ministério da economia, de modo que possa rentabilizar valores dos cofres públicos. Além das modificações nos empréstimos, a ação contará também com uma portabilidade de R$ 20 bilhões do PIS/PASEP para o FGTS desses trabalhadores.
Ajustes do BNDES para os microempreendedores
Os donos de pequenas empresas também serão beneficiados. A instituição anunciou que irá ofertar cerca de R$ 5 bilhões em crédito para os negócios de pequenos e médio porte. Segundo o presidente da República, a medida terá como finalidade segurar a categoria do funcionamento de seus serviços, mesmo sob a ordem de quarentena.
“Reconhecemos que o vírus tem que ser tratado com o devido cuidado – ele pode ser fatal para determinada camada da sociedade. Isso nos preocupa muito, a vida em primeiro lugar. Por outro lado, não perdermos emprego é muito importante. Assim sendo, essas medida são de extrema importância“, afirmou Jair Bolsonaro.
Com a proposta, espera-se que as empresas consigam obter um faturamento de até R$ 300 milhões. Para isso, cada beneficiário poderá ter um limite de crédito de R$ 10 milhões, de modo que possa ter capital de giro entre seus concorrentes.
Os empréstimos solicitados terão uma carência de 24 meses e um pagamento em até 60 meses.