BC registra 37 milhões de consultas a “dinheiro esquecido”

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O BC (Banco Central) informou que mais de 37 milhões de pessoas e empresas acessaram o Sistema Valores a Receber nesta 2ª feira (14.fev.2022) –1º dia de funcionamento do site voltado exclusivamente à consulta de dinheiro “esquecido” em bancos. A maior parte, no entanto, não tem nenhuma quantia a receber neste momento.

Segundo o BC, o site que entrou no ar nesta 2ª feira (14.fev) funcionou “sem instabilidades”. Até o meio-dia, 20,5 milhões de consultas já haviam sido realizadas na plataforma. Às 18h, o Banco Central atualizou esse número para 36 milhões de consultas. Meia hora depois, já eram 37,3 milhões, sendo:

CPFs: 36,5 milhões;

CPNJs: 0,8 milhão.

A página valoresareceber.bcb.gov.br foi criada depois que o site do Banco Central saiu do ar por causa do grande número de acessos à consulta sobre dinheiro a recuperar nos bancos. O BC estima haver R$ 8 bilhões esquecidos nas instituições financeiras.

O site voltado exclusivamente à consulta de valores esquecidos solicita o CPF da pessoa ou o CNPJ da empresa para informar se há algum dinheiro a receber. Neste momento, o site não informa o valor disponível, apenas a data em que a pessoa ou empresa deve voltar à plataforma para consultar o valor e solicitar o resgate. Saiba como fazer a consulta aqui.

18,8% têm saldo

A maior parte das pessoas e empresas que acessaram o Sistema Valores a Receber nesta 2ª feira (14.fev.2022), no entanto, não tem nenhum saldo a resgatar nos bancos e instituições financeiras neste momento.

Segundo o BC, cerca de 7 milhões das 37,3 milhões de consultas registradas até as 18h30 apontaram a existência de algum valor a receber. Foram 6,9 milhões de pessoas e 71.100 empresas:

pessoas físicas sem saldo: 29,6 milhões;

pessoas físicas com saldo: 6,9 milhões;

empresas sem saldo: 0,7 milhão;

empresas com saldo: 0,07 milhão.

Fases

Neste momento, o site informa sobre a disponibilidade de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos. São valores decorrentes de:

contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;

tarifas, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em termo de compromisso assinado pelo banco com o BC;

cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;

recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

Porém, nova rodada de consulta estará disponível a partir de 2 de maio para cerca de R$ 4,1 bilhões referentes a outras operações financeiras, como contas de pagamento e contas de registro encerradas com saldo disponível. Ou seja, quem não tem nada a receber neste momento pode fazer nova consulta em maio e ter acesso a algum valor da 2ª fase de pagamentos.