Banco do Brasil anuncia recursos de R$ 10,5 bilhões para financiamento rural
Programa de financiamento foi lançado em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília
O Banco do Brasil lançou nesta 3ª feira (24.ago.202), em cerimônia com a presença do presidente Jair Bolsonaro, o Programa BB Investimentos Agro. A iniciativa deve reforçar com R$ 10,5 bilhões as linhas de crédito rural, dos quais R$ 2 bilhões são direcionados para apoiar produtores afetados pela geada. O programa foi lançado em evento no Palácio do Planalto nesta tarde.
“A demanda é crescente, pois o agronegócio é muito forte, assim, para não faltarem recursos estamos lançando o Programa BB Investimentos Agro”, disse o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, na cerimônia. O montante a ser gerido no programa equivale a 7,8% do Plano Safra do BB, que planeja fomentar R$ 135 bilhões em desenvolvimento agropecuário.
Segundo o Banco do Brasil, R$ 5,5 bilhões do Programa BB Investimentos Agro são direcionados para o “financiamento de energia renovável, irrigação, produção integrada, recuperação de pastagem, máquinas e equipamento”. O pagamento terá prazo de até 10 anos. Outros R$ 2 bilhões são voltados para financiar a aquisição de silos e armazéns com prazo igual.
Para pequenos e médios produtores, o banco destinará R$ 1 bilhão por meio do BB Consórcio e Armazenagem. O prazo de pagamento será de até 20 anos (240 meses).
Os R$ 2 bilhões direcionados para amenizar os efeitos das geadas vão financiar a recuperação de cafezais danificados e de lavouras afetadas. No caso do café, serão direcionados R$ 1 bilhão com prazo de pagamento de até 5 anos. Para a renovação de outras lavouras, serão R$ 1 bilhão com prazo de até 2 anos e meio.
Em julho, uma frente fria provocou geadas e afetou a produção e preços do agronegócio brasileiro. A onda de frio atrapalhou as lavouras de milho e café, por exemplo. “Há 19 anos nós não tínhamos uma geada tão forte e causou tantos danos a cafeicultura brasileira”, afirmou a ministra Tereza Cristina, da Agricultura. Segundo ela, os recursos liberados poderão fazer com que a safra “seja mais forte, maior em volume e possa trazer emprego e renda”.
Tereza citou ainda que a cana-de-açúcar também teve danos devido às mudanças climáticas. Ela disse que o ministério ainda calcula as perdas na safra, que deve ser na faixa de 18% a 20%. “A gente leva um tempo para verificar o tamanho real das perdas.”