Barroso: voto impresso é “dificuldade” para resolver “problema que não existe”

Critica proposta do Congresso Citou problemas para implantação

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O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirmou na noite desta 4ª feira (26.mai.2021) que a implantação do voto impresso seria criar uma “dificuldade” para resolver um “problema que não existe“. Fez a declaração  durante uma live promovida pelo perfil do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Felipe Santa Cruz em seu perfil no Instagram.

Eu tenho todo o respeito e consideração pelos membros do Congresso e acho que o Congresso tem todo o direito de debater o voto impresso. Agora, existem muitos problemas, sim, associados à implantação do voto impresso“, disse Barroso. “Estamos criando uma dificuldade para atender a um problema que não existe”.

O ministro afirmou que existem potenciais dificuldades orçamentárias e jurídicas relacionadas ao voto impresso e disse que a proposta custaria cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos, valor correspondente à aquisição de 500 mil máquinas impressoras para as urnas. Declarou que o STF (Supremo Tribunal Federal) apontou, em dois julgamentos, o risco de violação ao sigilo do voto.

Barroso ainda relembrou o episódio em que o TSE testou a impressão de comprovantes nas eleições de 2002. Foi uma avaliação prática da viabilidade da medida. O voto impresso havia sido sancionado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

 

 

Foi um transtorno. Aumentaram as filas, aumentaram os votos brancos e nulos, e as impressoras emperraram”, disse.  A exigência de comprovante foi derrubada no ano seguinte pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva após recomendação da Corte Eleitoral.

O presidente do TSE também disse temer que, se aprovado o voto impresso, os resultados da urna sejam judicializados. Outro ponto de preocupação seria a guarda dos comprovantes. “Se tiver o voto impresso, vamos ter que cuidar da guarda de 113 milhões de votos“, disse Barroso.

CANDIDATURA DE SANTA CRUZ

A live ocorreu no mesmo dia em que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que Santa Cruz será candidato ao governo do Estado em 2022. Paes se filiou ao PSD na tarde desta 4ª feira (26.mai). O presidente da OAB estava do seu lado durante o evento, realizado na sede do partido, em Brasília.

Vocês ainda têm dúvida de que ele é candidato [a governador do RJ]?”, disse Paes a jornalistas ao lado de Santa Cruz. “Por mim ele renunciava agora [à presidência da OAB] e começava a campanha”, disse Paes.

Santa Cruz deve se filiar ao PSD para disputar a eleição de 2022, mas depois de deixar o comando da OAB. Ele disse que pretende ser “advogado” da população do Rio.

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Fonte poder360
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