Ovos do extinto emu anão tinham mesmo tamanho de emus continentais Karol Albuquerque
Os emus são a segunda maior ave do mundo, perdendo apenas para o avestruz. Mas, esses animais naturais da Austrália tinham três subespécies, sendo o emu anão da Ilha King, localizada no estado da Tasmânia, um deles. Recentemente, dois pesquisadores encontraram um ovo do pássaro e constataram que o exemplar tem tamanho similar aos das aves principais.
O emu existe apenas na Austrália e nos arredores. A ave não voa. Todas as três subespécies das ilhas no sul do país, a Tasmânia, dos Cangurus e King, foram detalhadas em pesquisas anteriores, já que os animais foram extintos logo após a chegada dos colonizadores europeus. Cada grupo recebeu o nome da ilha que habitava.
Julian Hume, do Museu de História Natural do Reino Unido, e Christian Robertson, historiador da ilha, encontraram o ovo. A dupla descreveu os detalhes do ovo e fez comparações em um artigo publicado na revista científica Biology Letters. Antes, nenhum ovo do emu de King havia sido encontrado.
Estudos antigos apontaram que os emus das ilhas encolheram de tamanho por causa dos recursos limitados. O emu da Ilha King era o menor de todos, com pouco menos de um metro de altura e metade do peso da espécie do continente. Os pássaros que ainda vivem têm entre 1,5 m e 1,9 m, com peso entre 18 kg e 60 kg.
Pouco se sabe sobre os emus anões, por causa do súbito desaparecimento dos bichos. Mas, antes de Hume e Robertson, ovos das espécies das ilhas Tasmânia e dos Cangurus já haviam sido localizados. A dupla encontrou o exemplar da Ilha King em uma duna de areia. Depois de retirar e inspecionar, perceberam que o ovo estava quase inteiro, uma amostra excelente para o estudo.
Assim como os ovos das outras subespécies, esse tinha o mesmo tamanho que os do emu continental. A dupla de pesquisadores acredita que as condições mais adversas nas ilhas fizeram com que os animais passassem mais tempo dentro da casca. Os ovos maiores permitiam que as aves seguissem ali dentro até conseguir andar e se alimentar, além de os manter aquecidos para sobreviverem às noites frias do local.
Via: Phys