Astrônomos descobrem galáxia com menor abundância de oxigênio já observada

Batizada de HSC J1631+4426, a galáxia está situada a 430 milhões de anos-luz da Terra e provavelmente faz parte da "última geração" de sistemas do tipo

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Um grupo liderado pela Universidade de Tóquio, no Japão, encontrou a galáxia com menos oxigênio já observada. Batizado de HSC J1631+4426, o sistema está situado a 430 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Hércules.

Em artigo publicado nesta segunda-feira (3) no The Astrophysical Journal, os cientistas explicam que utilizaram dados capturados pelo Telescópio Subaru, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, situado no Havaí. Graças ao aprendizado de máquina eles puderam analisar as informações e descobriram que o índice de oxigênio da HSC J1631+4426 equivale a apenas 1,6% o do Sol.

A quantidade de oxigênio medida sugere que a maioria das estrelas nessa galáxia se formou muito recentemente, ou seja, o sistema está no estado inicial de sua evolução. “O que é surpreendente é que a massa estelar da galáxia HSC J1631 + 4426 é muito pequena, 0,8 milhão de massas solares”, disse Masami Ouchim, coautor do estudo, em declaração à imprensa. “Essa massa estelar é apenas cerca de 1/100.000 a da Via Láctea e pode ser comparada à massa de um aglomerado de estrelas da Via Láctea.”

Para os pesquisadores, há duas indicações interessantes dessa descoberta. Primeiro, a galáxia HSC J1631 + 4426 confirma a teoria atual sobre como se dão a formação e a evolução de sistemas estelares ao longo do tempo. Segundo, levando em consideração sua “juventude”, a nova galáxia pode ser parte da última geração destes sistemas — e estudá-la ajudará os cientistas a descobrir mais detalhes sobre a história do Universo.

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Fonte revistagalileu
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