Secretária municipal é suspeita de bancar viagem para praia na Bahia com dinheiro público
Farra teria ocorrido entre 13 e 19 de novembro de 2019.
A secretária municipal de Assistência Social de Santa Rita do Tocantins é suspeita de ter usado dinheiro público para bancar uma viagem de lazer para servidores e convidados da prefeita Neila Maria da Silva Moraes. O destino foi uma praia localizada na Bahia. A verba deveria beneficiar idosos do pequeno município.
A 5ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional instaurou inquérito civil no dia 9 de setembro para apurar a denúncia, que configura ato de improbidade administrativa, e buscar o ressarcimento aos cofres do município.
Segundo o inquérito, oriundo de uma investigação já em curso, a farra com o dinheiro público feita pela secretária Dayanne Rocha da Costa teria ocorrido entre 13 e 19 de novembro de 2019.
A investigação aponta que a verba foi usada na contratação de hospedagens, transporte e na aquisição de alimentos na Praia de Guarujaba, localizada no município de mesmo nome no Estado da Bahia.
Conforme a promotoria de Justiça, o dinheiro deveria beneficiar os idosos atendidos pelo serviço de fortalecimento de vínculos (SCFV) do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade.
O inquérito está disponível aqui.
O QUE DIZ A PREFEITURA
“A Prefeitura de Santa Rita do Tocantins, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, esclarece que assim que foi notificada do inquérito prestou todas as informações a 5ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional no que se refere à viagem realizada com o grupo de Idosos ‘Alegria de Viver’ do Centro de Referência de Assistência Social (Cras Alaíde Feitosa), no ano de 2019, inclusive apresentando relatório fotográfico, notas, despesas, lista de presença dos idosos participantes e todos os detalhes pertinentes.
É válido lembrar que a viagem foi totalmente documentada e fotografada, na qual dezenas de idosos santaritenses puderam visitar o litoral baiano pela primeira vez.
O município ressalta ainda que lamenta este tipo de judicialização mal-intencionada, que onera tempo e recursos públicos, apenas com o intuito de denegrir a imagem institucional e pessoal dos gestores municipais”.