Sérgio Camargo critica movimento negro e diz que não dialoga com “escravos”

Para o presidente da Fundação Palmares, a causa negra é “inútil e ridícula”

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O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, voltou a publicar em seu perfil no Twitter críticas ao movimento negro. Desta vez, o aliado do presidente Jair Bolsonaro comemorou o feito de que, em dois anos na chefia da Palmares, nunca recebeu representantes da causa. “Não tenho que dialogar com escravos”, afirmou.

Em seguida, fez outras publicações para comentar a repercussão da sua afirmação. Disse que lideranças de movimentos negros são “escravos do esquerdismo que degrada e rebaixa o negro”.

Para Camargo, “o movimento negro não representa os negros decentes do Brasil. É apenas, e tão somente, uma militância rancorosa e fracassada”.

Eis as publicações:

Sérgio Camargo chegou ao governo Bolsonaro em novembro de 2020. Na teoria, a Palmares tem a função de preservar os valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.

“Black Ustra”

Esta não é a primeira declaração polêmica de Camargo. No Dia da Consciência Negra, o presidente da Palmares afirmou que não existe racismo estrutural no Brasil. Segundo ele, a ideia “não faz sentido nem tem fundamento”.

Em dezembro de 2020, ao comentar o artigo “O que fones de ouvido brigando com cabelo afro dizem sobre diversidade” publicado pelo UOL, o jornalista sugeriu que negros deveriam cortar o cabelo.

Segundo ele, “orgulho do cabelo é ridículo para o negro”, porque o correto seria se orgulhar apenas de “conquistas por mérito e esforço”. Deu a declaração ao comentar sua sugestão, em tom de ironia, de “máquina zero obrigatória para a negrada”.

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